[Resenha] A Coroa da Vingança - Colleen Houck

A Coroa da Vingança
Deuses do Egito #3
Autora: Colleen Houck
Editora Arqueiro
416 Páginas
Skoob

Sinopse: Em A Coroa da Vingança, terceira e última aventura da série Deuses do Egito, Colleen Houck nos presenteia com um desfecho tão surpreendente e inspirador quanto o elaborado universo mitológico que criou.

Meses após sua pacata vida como herdeira milionária sofrer uma reviravolta e ela embarcar numa vertiginosa jornada pelo Egito, Liliana Young está praticamente de volta à estaca zero.

Suas lembranças das aventuras egípcias e, especialmente, de Amon, o príncipe do sol, foram apagadas, e só resta a Lily atribuir os vestígios de estranhos acontecimentos a um sonho exótico. A não ser por um detalhe: duas estranhas vozes em sua mente, que pertencem a uma leoa e uma fada, a convencem de que ela não é mais a mesma e que seu corpo está se preparando para se transformar em outro ser.

Enquanto tenta dar sentido a tudo isso, Lily descobre que as forças do mal almejam destruir muito mais que sua sanidade mental – o que está em jogo é o futuro da humanidade.

Seth, o obscuro deus do caos, está prestes a se libertar da prisão onde se encontra confinado há milhares de anos, decidido a destruir o mundo e todos os deuses. Para enfrentá-lo de uma vez por todas, Lily se une a Amon e seus dois irmãos nesta terceira e última aventura da série Deuses do Egito.

Quando terminei O Coração da Esfinge, segundo livro dessa trilogia eu estava muito decepcionada com Colleen Houck, ainda assim não desisti completamente da série, continuei empolgada com o desfecho, mas a autora só fez me decepcionar mais um pouco. Não posso dizer que o livro é péssimo, foi legal acompanhar a história e ver como tudo se desenrolou no fim, mas a autora conseguiu me cansar com esse livro.

Este livro se inicia logo após o final de O Coração da Esfinge, desmemoriada e ouvindo vozes em sua cabeça que não deveriam estar lá Liliana Young se sente confusa e teme estar ficando louca. Contudo essas vozes pertence a uma Leoa e uma fada e elas podem ser a chave para fazer Lily acreditar que tudo o que dizem é muito mais do que um sonho. Quando o Grão Vizir aparece Lily mais uma vez embarca em uma jornada, essa que parece ser a última e que tem como objetivo derrotar Seth para sempre. Porém as consequências são terríveis e Lily, Ashleigh e Tia precisam decidir se vale a pena o sacrifício.

"Descobri que é melhor não olhar para trás com arrependimento. Só com lições aprendidas. O infortúnio pode acompanhar a gente por toda a vida. A gente acaba tendo apenas duas escolhas. Lamentar o destino, diminuir o passo até ele alcançar a gente e depois estender os braços para abraçar a tristeza ou continuar correndo para que ele nunca possa nos alcançar."

Em todas as resenhas que fiz do livro da autora nunca deixei de ressaltar a minuciosa pesquisa que ela deve fazer para criar suas histórias e aliá-las a aventura e romance presente em suas obras. Além disso, Colleen tem um talento natural para ambientar suas histórias. Ela consegue transportar o leitor para seus cenários, transmite tão claramente o que acorre na história que é impossível ser indiferente a isso.

Porém também nunca deixei de ressaltar o quanto seus triângulos amorosos me aborrecem. No caso da série Deuses do Egito, esse triangulo se dá pelo fato de Lily dividir seu corpo com outras duas consciências. Enquanto Tia, a leoa é apaixonada por Aspen e Ashleigh, a fada, sente atração especial por Ahmose, Lily tem uma relação intensa com Amon, porém ter perdido a memória bagunça os sentimentos da jovem que não faz ideia de quem seja Amon e não se sente apaixonada por ele. Imagine a confusão que isso gera? mas o pior nem é esse sexângulo amoroso, mas sim a forma como a autora consegue ferir os fãs do primeiro livro com as decisões que toma em relação a ele. 

"Num momento eu era Lily, uma garota apanhada numa situação impossível, mais perigosa e mortal do que qualquer coisa que eu já havia lido em histórias. E no momento seguinte era algo totalmente diferente."

Algo que achei positivo neste livro foi a autora nos dar a oportunidade de conhecer mais sobre Tia e Ashleigh, mesmo a segunda me irritando bastante. Saber sobre seus anseios e suas histórias antes da confusão em que se meteram foi bem interessante e talvez tenha sido a parte que mais gostei na história toda. Ainda assim só isso não compensa o0 crime que a meu ver Houck cometeu com essa história.

Fiquei tão frustrada com algumas das decisões e também com a forma como Colleen se estendeu demais em sua narrativa que cogito esquecer que os dois últimos livros existiram, já que o único que eu realmente posso dizer que foi excelente foi Deuses do Egito, o primeiro da trilogia. A autora não poupou o leitor em sua narrativa enquanto expunha momentos desnecessário e sem necessidade alguma se prolongava demais em outros. Para piorar a situação o fim, apesar de ter uma ideia geral muito criativa, seguiu o caminho contrário e aconteceu rápido demais. Colleen teria sido muito mais feliz se tivesse trabalhado melhor o final e o epílogo do que toda a jornada do livro que acabou ficando bastante cansativa.

Enfim, depois disso tudo continuo afirmando que o livro não é péssimo, mas é cansativo e foi bastante frustrante para mim. Agora estou aqui cruzando os dedos para que a autora não estrague a Saga dos Tigres com o novo livro que vem por aí, se ela me frustrar mais uma vez, e ainda por cima com a história de Kishan, eu acho que vou definitivamente desistir de seus livros.