O capricho pode estar nos detalhes, o desastre também!
Oi Oi!!
Estão lembrados que no mês passado fiz uma postagem com o mesmo tema para falar do quanto alguns livros nos fazem sofrer e quais os tipos de sofrimento pelos quais passamos? Pois bem, na ocasião eu prometi fazer uma postagem sobre o tipo de sofrência negativa, aquela que chega a realmente desanimar e que não é uma reação a história e sim a parte mais estrutural de um livro, tem a ver com edição, revisão, publicação e escrita. É por isso que hoje eu volto com um título mais ou menos parecido com o anterior, a diferença é que aqui vamos deixar de lado o deboche e falar sério.
1 - Edição: Qual é a dificuldade?
Como leitora compulsiva eu tenho alguns padrões pré estabelecidos para apreciar verdadeiramente a edição de um livro. Por exemplo: a Edição precisa ter páginas amareladas e não ser completamente frágil. Afinal de contas já estamos cansado de repetir a determinadas editoras o quanto as páginas brancas são cansativas aos olhos, além disso deixam as edições esteticamente feias, eu quando me deparo com uma edição assim acabo me sentindo frustrada. Mas isso não é nem de longe tão ruim quando a fragilidade de um livro, já peguei edições que ao abrir o livro um pouquinho mais causava tragédia, e não estou exagerando, isso normalmente acontece com edições que não utilizam uma cola resistente, logo, as páginas começam a se soltar e haja sangue frio para não xingar até a quinta geração de quem teve a péssima ideia de não presar pela qualidade. Enfim, me pergunto qual a dificuldade de fazer um trabalho de melhor qualidade e consequentemente mais confortável.
1.2 - Edição: Padrão editorial.
Abri um tópico para falar particularmente disso, pois é algo que extrapola a razão. Quando me refiro a padrão editorial quero falar sobre séries/trilogias e suas possíveis sequências, ou seja, o fato de que algumas editoras simplesmente publicam continuações como se fossem algum apêndice independente, o que por si só já é contraditório. Quero dizer, qual a necessidade de livros de uma mesma série/trilogia ter tamanhos diferentes, ou até mesmo capas divergentes? Eu até entendo que algumas vezes isso acontece para melhorar a qualidade ou o marketing do livro, mas bem que poderiam pensar nisso antes da publicação. Há casos bem famosos no mundo literário, como a trilogia Estilhaça-me, que teve o último volume publicado com a capa original causando um tremendo contraste entre si, podemos citar também a trilogia Os Lobos de Mercy Falls que em sua primeira edição divergia tanto em tamanho dos livros quanto em relação as capas, que seguiram padrões diferentes. Felizmente neste último caso a editora reeditou os livros deixando-os padronizados. Enfim, o que quero dizer é: pensem antes de fazer isso queridas editoras.
2 - Revisão: É seu trabalho, faça-o bem!
Quem sou eu para falar de gramática, ortografia e tradução, certamente nenhuma especialista. Mas sou uma leitora e se tem algo que preso é não encontrar erros ou discordâncias nas minhas leituras. O que quero dizer é que mesmo não sendo especialista se eu acabo percebendo um erro é porque o trabalho não foi feito com a devida atenção por quem deveria entender do assunto ou o menos prestar atenção nele. Neste quesito o que mais me irrita é quando não há pontuação que defina diálogos, deixando a narrativa confusa, mas também quando uma frase parece sem sentido no contexto da história, o que ao meu ver seria um problema de tradução. Coisas desse tipo são quebra clima total. Enfim, se você é contratado para cuidar desses detalhes, procure fazer da melhor forma possível.
3 - Publicação: Começou termine!
Acho que não existe uma editora que não tenha miseravelmente falhado comigo neste quesito. Estou falando de publicar continuações, ou ao menos não demorar para fazê-lo. É frustrante começar uma série e não ver seu fim, também é terrível ler um livro e demorar anos para ter a sequência. Em favor de algumas editoras podemos colocar a culpa nos autores que demoram horrores para terminar seus manuscritos. Autores como G.R.R.Martin, Patrick Rothfuss, Paoline, Kelly Creagh, enfim, deve haver muitos outros. Não que seja fácil colocar uma história no papel, mas a verdade é que no fim quem acaba sofrendo é o leitor, seja por desanimar ou esquecer boa parte da história. Agilidade é o que há, não dá para voltar atrás e reler toda bendita vez que uma sequência é publicada.
4 - Escrita: É a sua profissão!
Ok, talvez o autor não tenha um dom e sua escrita seja mesmo péssima, não vamos julgar esses casos, mas quando se entra nesse ramo é necessário ter um mínimo de discernimento quanto a capacidade do que você pode fazer e onde quer chegar. Não adianta ter a ideia mais perfeita se você não é capaz de colocá-la no papel satisfatoriamente. Falo isso por experiência própria, quer dizer, eu já tentei, mas definitivamente não acredito que estou pronta, preciso ainda de muita preparação para escrever uma história que vá chamar atenção e que não seja completamente mal escrita. mas esse já não é um assunto tão sério, felizmente temos editoras para filtrar a incompetência ou ao pelo menos as nossas próprias opiniões do que é bom ou não!
OBS: esta postagem diz respeito as minhas opiniões, não procura ofender ninguém e muito menos tratar os tópicos como verdade absoluta.