Adeus Gabo

Meu feriado não começou bem, recebi uma das notícias mais tristes do ano pelo Whatsapp. Gabriel García Marquez havia morrido. Minha primeira reação foi negação, Gabo é imortal, isso não poderia ser verdade. Mas ai o fim de semana transcorreu com diversas notícias e homenagens pela televisão, Gabo estampado nos jornais e todos se mostrando adoradores convictos deste grande merecedor. Chorei, pois a verdade estava ali, não era tudo uma grande brincadeira do destino. Mas no fim das contas, quer saber? Gabo é sim imortal, ele se imortalizou em sua literatura e naquele sorriso de senhor simpático, para mim ele continuará vivo.

É certo dizer que não conhecia realmente a obra deste autor a pelo menos 4 anos atrás, sim já tinha ouvido maravilhas sobre ele, mas sempre me perguntava qual era a mágica que todos falavam que ele fazia com as palavras, não conseguia entender. Até que um belo dia me debrucei em Cem anos de Solidão, e voltei daquele labirinto de vida e sentimentalismo completamente transformada. Seus personagens tão peculiares e característicos, sua narrativa enriquecida pela impulsividade, tudo o que tenho a dizer é que sim: Gabo era um mago das palavras.

Aposentado desde 2009, ele deixou a literatura órfã muito antes mesmo de sua morte, apesar de há alguns anos vir lutando contra o câncer e uma diagnosticada demência, que o afastou de suas obras, Gabo deixou-nos cheios de saudades. Não falo por mim mas por todos os órfãs que por aqui ficaram. Descanse em paz meu querido!