[Resenha] Aprendendo a Seduzir - Patricia Cabot

Ontem falamos de um Romance de época que desafiou algumas convenções, hoje é dia de falar de um que tem todos os clichês, sem tirar nem por, mas que ainda assim é uma leitura deliciosa. Prontos para Aprendendo a Seduzir?

Aprendendo a Seduzir
Autora: Patricia Cabot
Editora Planeta / Essência
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Skoob

Sinopse: O que qualquer mulher faria se flagrasse o noivo aos beijos com outra mulher?

Cancelaria o casamento e nunca mais colocaria os olhos no desalmado traidor. Certo?

Não lady Caroline Linford.

Apaixonada pelo belo e galante marquês de Winchilsea, ela não se dá por vencida e resolve ir em frente com o casamento. Afinal, lady Linford ama seu prometido.

Com o intuito de se tornar o único objeto do desejo de seu noivo, ela convoca o renomado Braden Granville, mestre na arte da sedução, para, com ele, aprender a ser a melhor amante que Winchilsea pode vir a ter. Porém, a aluna se torna tão aplicada que arrancará mais que elogios de seu professor...

Conheci o livro Aprendendo a Seduzir em 2010, no ano de lançamento, na época eu trabalhava em uma livraria, mas não era muito chegada a romances de época. Porém ele me chamou atenção, principalmente por ser um romance de uma das autoras que mais gostava naquele momento, desde então prometi que um dia ia finalmente ler. Bom, com o relançamento da Editora Planeta eu tive essa oportunidade e mesmo depois de já ter lido dois romances de Cabot nesta temática eu fui surpreendida, agradavelmente surpreendida.

Como já disse a história é bastante clichê, segue todos os pontos que comentei no "Opinando!!!" dessa semana. Contudo, a leitura é tão gostosa, leve e engraçada que acabamos até por relevar alguns incômodos. Cabot nos apresenta um típico romance de época com moça ingênua e par romântico cafajeste. Mas no caso de Caroline Linford há também um noivo, o qual ela jura de pé juntos que ama e mesmo depois de ver com os próprios olhos o "cafa" com outra mulher na cama ela não está disposta a desistir do matrimônio. Portanto, ela decide que a única solução é seduzi-lo, e para isso ela precisa da ajudo do cafajeste mais famigerado da sociedade. Braden Granville é o tipo de homem que é melhor Caroline evitar, antes que sua reputação caia em ruínas, mas diante de um bom acordo é inevitável persistir e ir adiante com seus planos.

Só nesse pequeno toque da narrativa já é possível perceber o que a história é bastante estereotipada, mas posso afirmar que é perfeitamente possível ignorar este fato e se divertir com a história. Para falar a verdade não tive nenhum grande problema com a história, exceto pela protagonista que me deu certa raiva diante de sua ingenuidade, a forma como a personagem reagia depois de alguns "deslizes" me irritou bastante, apesar de compreendê-la principalmente pelo conceito de moral da época isso não significa que eu  tenha gostado de todo o drama que ela faz dessas situações situação! A meu ver faltou um pouco de atitude e segurança da parte da protagonista. Já Braden é um caso a parte, além de ser um homem charmoso e sedutor ele também pode ser classificado como perigoso, mas acima de tudo é honrado e eu me apaixonei perdidamente por ele.

Além disso, o enredo da narrativa é algo de destaque, a autora não procura trabalhar apenas o romance, mesmo este sendo o plot central, em segundo plano somos apresentados a um jogo de intrigas e crime que me deixou ainda mais empolgada com a narrativa. O fato de ser narrada em terceira pessoa e em alguns momentos fundamentais guiar o foco para personagens secundários é excelente pois nos dá uma visão mais ampla de como tudo está acontecendo.

Enfim, Aprendendo a Seduzir é um romance de época estereotipado e que mesmo assim não deixa de surpreender, o que não é para menos levando em conta que é a diviníssima Meg Cabot escrevendo sob o pseudônimo de Patricia Cabot. Quanto a edição tirando alguns erros de revisão não tenho nada contrário a dizer. e essa capa gente, essa capa está linda, amei! Logo... eu super recomendo.

Melhores Quotes:

"- Todo mundo pensa em mim exatamente assim. Uma jovem dama. Estou cansada de ser um jovem dama. [...] Quero ser "uma mulher". Só que ninguém me explica como conseguir isso."

"Você está com medo [...] Admita. Você está assustado. Porque nunca teve uma assim. Quero dizer, uma virgem."

"O amor doía. O que doía mais que tudo era que ele sabia que, embora muitas vezes tivesse dito a si mesmo que era melhor ele ir embora – que se ela não podia confiar nele agora, ela jamais poderia – isso não era verdade. Não era melhor ficar sem ela. Ele precisava dela. Precisava de sua bondade, sua franqueza, seu humor, sua humanidade. Maldição! Precisava dela..."