[Resenha] A Voz do Arqueiro - Mia Sheridan

A resenha de hoje é um de um livro que acabou me chamando atenção depois de ler algumas resenhas, contudo a expectativa foi alta e o livro acabou não me agradando como eu esperava. Prontos?!

A Voz do Arqueiro
Autora: Mia Sheridan
Editora Arqueiro
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Skoob


Sinopse: Cada livro da coleção Signos do Amor é inspirado nas características de um signo do Zodíaco. Baseado na mitologia de Sagitário, A voz do arqueiro é uma história sobre o poder transformador do amor.
Bree Prescott quer deixar para trás seu passado de sofrimentos e precisa de um lugar para recomeçar. Quando chega à pequena Pelion, no estado do Maine, ela se encanta pela cidade e decide ficar.
Logo seu caminho se cruza com o de Archer Hale, um rapaz mudo, de olhos profundos e músculos bem definidos, que se esconde atrás de uma aparência selvagem e parece invisível para todos do lugar. Intrigada pelo jovem, Bree se empenha em romper seu mundo de silêncio para descobrir quem ele é e que mistérios esconde.
Alternando o ponto de vista dos dois personagens, Mia Sheridan fala de um amor que incendeia e transforma vidas. De um lado, a história de uma mulher presa à lembrança de uma noite terrível. Do outro, a trajetória de um homem que convive silenciosamente com uma ferida profunda.
Archer pode ser a chave para a libertação de Bree e ela, a mulher que o ajudará a encontrar a própria voz. Juntos, os dois lutam para esquecer as marcas da violência e compreender muito mais do que as palavras poderiam expressar.

Quando a Editora Arqueiro anunciou a publicação de A Voz do Arqueiro eu torci o nariz, tinha certeza que é justamente o tipo de livro que não me agrada. Quer dizer, eu gosto muito de alguns New Adults, mas precisa ter algo especial para me conquistar e cenas de sexo intenso não figuram neste hall de especialidades. Porém, depois de algum tempo do lançamento do livro vi resenhas falando absurdamente bem do livro e minha curiosidade foi despertada. Logo, corri fazer a solicitação e quando o livro chegou em casa pulou todas as filas. O problema é que eu deveria ter prestado atenção na procedência da resenha e no gosto das blogueiras que falaram tão bem do livro. Se este tivesse sido o caso eu não teria nem cogitado solicitar.

A voz do Arqueiro definitivamente não me agradou, bom, ok, não vou ser tão drástica. Na verdade em um balanço final até achei a história interessante, porém acredito que a autora poderia ter sido muito mais original e usar o diferencial de sua história para fazer algo novo e surpreendente, o que não aconteceu. A história se baseia apenas no relacionamento e nas dores dos personagens, o que é muito comum em New Adult, mas que definitivamente já não me agrada mais. A autora demora um absurdo de tempo para revelar algo que está na cara o que torna a leitura não tão empolgante, já que não há nenhum grande segredo por trás do que aconteceu, basta usar a percepção.

Quanto a protagonista ela parece ser interessante e esperta no início, mas com o decorrer da leitura ela caiu totalmente no meu conceito, tornando-se uma personagem melosa e chorona que, por deus, só não soquei porque não tinha como mesmo. Já Archer é a parte boa da narrativa, porém, ainda assim, sua condição não conseguiu me convencer. O que me irritou é que ele tem toda capacidade de ser alguém ativo, pelo amor de deus o cara era apenas mudo e, como disse a Nanne na resenha do Livros e Citações, isso o transformou em Mogli, o menino Lobo?! Enfim, pequenas coisas se tornam incoerentes no decorrer da leitura e isso me irritou bastante.

Outra coisa que não me agradou foram os personagens secundários, como a narrativa gira em torno do casal principal eles foram deixados de lado. A autora introduzia-os na história conforme a protagonista precisava de algo ou alguém. Não foram nem sequer desenvolvidos e depois que cumpriam seu papel eles eram esquecidos no grande drama da vida de Bree e Archer. Isso não me agradou, sem contar que Bree me pareceu bem intrometida em alguns momentos, eu simplesmente não consigo entender como a achei interessante no começo da leitura. A verdade é que a autora acabou se perdendo na construção de personagens. 

Para piorar as cenas de sexo eram uma sessão porno sem limites, e isso era só o que faltava para que eu definitivamente não gostasse do livro. Quem me conhece como leitora sabe como a abordagem mais intensa da vida sexual dos protagonistas me desagrada, no caso deste livro seria perfeitamente aceitável se a autora apenas desenvolvesse essa questão de forma a mostrar como o sexo e a relação dos protagonistas foram evoluindo, sem apelação para o erotismo, mas para mim ela foi longe demais. Sem contar que o fato de Bree apenas olhar para Archer e se sentir tremendamente excitada foi me enchendo o saco. Tudo bem que a relação sexual dos dois não acontece logo de cara, mas a partir do momento que o relacionamento pega fogo sai de baixo!

Enfim, acho que deu para perceber que A voz do Arqueiro não me agradou, e eu estou mais do que certa de que não irei ler as continuações. Porém, o que não funcionou para mim pode vir a funcionar para você. O livro tem tudo o que leitores de romance erótico apreciam e com certeza vai agradar muita gente. No mais, é melhor eu terminar por aqui, antes que me lembre de mais algumas coisinhas para falar!

Melhores Quotes:

"Tento acreditar que algo bonito pode resultar de algo feio, e que chegará o momento em que conseguirei ver o que é. Você me ajudou a ver minha própria imagem, Archer. Deixe que eu o ajude a ver a sua."

"Coisas ruins não acontecem com as pessoas porque elas merecem. Não é assim que funciona. É só... a vida. E não importa quem somos, temos que lidar com a sorte que nos cabe, por mais terrível que ela possa ser, e tentar fazer o melhor para seguir em frente de qualquer modo, amar de qualquer modo, ter esperança de qualquer modo... ter fé de que há um propósito para a nossa jornada. Segurei as mãos dele por um instante, então soltei-as para que pudesse continuar. E tentar acreditar que talvez mais luz brilha por trás daqueles que têm as maiores rachaduras."

"Estou aqui por você. Estou aqui por sua causa. Estou aqui porque você me viu, não apenas com seus olhos, mas com seu coração. Estou aqui porque você quis saber o que eu tinha a dizer e porque estava certa... todo mundo precisa de amigos."

"Talvez não houvesse certo ou errado, branco ou preto, apenas muitos matizes de cinza no que se referia à dor e às responsabilidades que cada um de nós atribuía a si mesmo."