No último dia 27 estreiou nos cinemas de todo o Brasil (menos no da minha cidade) a adaptação de Sete Dias Sem fim, o livro escrito por Jonathan Tropper tem estado em destaque desde o anuncio do longa. Como a blogueira que vos fala acabou tornando-se fã do autor, esta semana será dedicada ao mesmo. A intenção era publicar resenha de todos os livros, porém confesso que me atrasei na leitura de um deles, mas estou tentando arrumar isso. Quem sabe dê tempo até a sexta-feira. Divirtam-se
Como Falar com um Viúvo
Autor: Jonathan Tropper
Editora Arqueiro
Skoob
Sinopse: Doug Parker não foi um aluno brilhante, não conseguiu entrar para nenhuma universidade de prestígio e era demitido dos empregos de redator com relativa frequência. Enfim, não levava nada muito a sério até conhecer Hailey, bonita, inteligente e cerca de 10 anos mais velha que ele. Quando os dois se casam, Doug deixa para trás a descompromissada vida de solteiro e se dedica a esse amor, acreditando finalmente ter encontrado seu rumo. Mas, dois anos depois, Hailey morre em um acidente de avião e tudo perde o sentido. Tentando lidar com o luto, Doug passa a escrever uma coluna chamada "Como falar com um viúvo", em que desabafa sua dor, relata a dificuldade de expressar seus sentimentos e se lembra da esposa de maneira sincera e cativante. A coluna se torna um grande sucesso - algo com que ele sempre sonhou - só que, infelizmente, no momento errado. Em meio a seu drama, Doug se vê às voltas com o enteado rebelde e a irmã gêmea que se mudou para sua casa decidida a fazê-lo voltar a se relacionar com outras mulheres. E então nada mais é como antes: sua vida passa a se desenrolar em uma divertida sucessão de encontros desventurados e insólitas confusões familiares. Entre tropeços, atropelos e as mais loucas situações, Doug começa a tocar sua vida, ainda que não saiba muito bem para onde. Afinal, muitas vezes o melhor a fazer é seguir em frente.
Conheci Como Falar com um Viúvo na Bienal de São Paulo através de um amigo. Antes sequer de imaginar sobre o que se tratava o livro eu pensava que o mesmo era um livro que antecedia Sete Dias Sem Fim, bom, não é. Mas foi escrito pelo mesmo autor. Então resolvi começar minha leitura por ele e quando terminei de ler não via a hora de conhecer mais obras do autor. A verdade é que a escrita de Tropper é tão leve que a leitura flui naturalmente.
Infelizmente temos um pequeno problema com a escrita do autor. Seus personagens se perdem muito em seus próprios pensamentos. Apesar de serem muito bem caracterizados em alguns momentos eu me sentia cansada de percorrer o caminho que os pensamentos de Doug tomavam diante de sua dor. Seus questionamentos e sua resignação, até mesmo a pena que ele demonstra sentir de si mesmo foram demais para mim, achei-as um pouco excessivas. O ponto alto da vida de Doug é seu trabalho como colunista de um jornal, no qual ele expõe sua vida de viúvo e as situações que vem enfrentando ao longo do tempo.
"Eu tinha uma esposa. Seu nome era Hailey. Agora ela se foi. E eu também".
Porém, o autor trata os assuntos pesados, que não são poucos, de forma leve. E isto colabora com a naturalidade do livro. Além disso, é um equilíbrio perfeito entre a comiseração e atitude autodestrutiva do personagem. O que quer dizer que apesar do excesso de auto piedade o livro ainda assim consegue ser natural e leve. Vale ressaltar que apesar do comportamento de Doug o livro não é extremamente dramático como pode vir a parecer ao se ler a sinopse. Na verdade Como Falar com um Viúvo tem boas doses de bom humor e sarcasmo que, ao meu ver, são essenciais para uma boa leitura.
Mas o mais legal de toda a narrativa é que o autor não busca mostrar um personagem perfeito. Doug tem defeitos. Ele não acerta em tudo que faz na vida e não procura ser a melhor pessoa que todos conhecem. Ele é real. E por ele ser exatamente assim é que você se vê torcendo para que as coisas passem a melhorar para o personagem, torcendo para que ele acerte e que de certa forma volte a vida. Mas nem só de Doug vive o livro, e o que posso dizer é que me encantei pelos outros personagens também, simplesmente porque eles não buscam ser nada além do que são.
Enfim, Como Falar com um Viúvo me ganhou por sua despretensiosidade, por ser uma leitura leve e com personagens reais. Acredito que a falta de expectativa quanto a história também colaborou bastante para que eu acabasse me identificando com a leitura. Sobre a capa e diagramação não tem muito o que dizer, são simples e objetivas o que mais uma vez me fez pensar da despretensiosidade dessa obra. Eu recomendo por ser o tipo de leitura que foge do romance excessivo, sendo que o foco não é o amor e sim a vida.
Melhores Quotes:
"- Você sabe o que é? – me desafia Russ.
- Um espermatozóide em chamas?
- Vá se foder.- Um meteoro.
- É um cometa – explica ele.
- Qual a diferença?
- Como é que eu vou saber?
- Certo. É um cometa.
Ele acaricia a tatuagem como quem protege algo.- É o cometa Hailey.
As lágrima me enchem tão rápido os olhos que não tenho como contê-las.
- Sei que o nome verdadeiro não se escreve assim – diz Russ, repentinamente acanhado. – Mas eu gostei da imagem, sabe? O Cometa Hailey. E ela vivia na minha cola por causa dos meus erros de ortografia. De certa forma, faz sentido."
"Existem coisas que jamais devem ser ditas em voz alta, nem para nós mesmos, pecados mentais que podemos apenas arquivar, na esperança de nos redimirmos numa data futura."
"Mais dia, menos dias, a vida joga todos no chão. Depois nos levantamos de novo e fazemos algumas mudanças, porque é assim que somos. Nós nos adaptamos. E, quando conseguimos nos adaptar, ficamos mais preparados para sobreviver".
Oi Ju!!!!!!
ResponderExcluirEu já conhecia o autor mesmo sem ler nenhum livro dele, justamente por tantas indicações haha
Eu já vi várias vezes esse livro em promoção por menos de 2 reais e não comprei por achar que era ruim, mas ai depois que fiquei sabendo que era do mesmo autor do livro Sete Dias sem que originou o filme.
Dizem que o filme é muito bom e eu quis ver na época que lançou, mas tambem nao tinha na cidade vizinha -_-
Na proxima promo que tiver dele eu vou comprar...
Beijo.
Ainda não tinha me interessado nas obras do autor até ler este post.
ResponderExcluirGostei muito do fato da escrita ser fluida, e também ele tratar temas pesados de forma leve.
Agora, eu odeio quando os personagens pensam, pensam e pensam mais e mais um pouco, tipo em Quando Tudo Volta. Muito chato! Mesmo assim isso não diminuiu muito minha vontade de ler.
Bjs, Júh <3
Oi Juh!
ResponderExcluirAcho que na minha cidade também não estreiou nada =p
Gostei da obra , ouvi falar desse livro as pessoas diziam que era ótimo ,mas não me empolguei !Mas li sua resenha e me apaixonei <3 Pelo Doug , é um livro que parece que você ri pelas alegrias cotidianas mas chora pelas lembranças passadas .
Beijos
http://nossaspaixoesopsnossoslivros.blogspot.com
Oi Ju <3
ResponderExcluirGanhei esse livro e ta pra chegar, morrendo de vontade de ler ele apesar de que agora que você avisou que o personagem pensa muito eu já to com preguiça antes mesmo de começar aushasuh mas parece ser um bom livro. Sete dias sem fim também não estreou aqui ¬¬
Nunca tinha ouvido falar desse autor (acredite se quiser), mas achei interessante. Nunca li também livros sobre luto e gostei da escrita dele ser leve, isso equilibra o tema da história intenso e delicado.
ResponderExcluirTambém tenho adorado esses escritores que tem criado personagens mais reais, humanos. Apesar de mocinhos e vilões serem essenciais pra uma história, de vez em quando é bom encontrar gente como a gente, com acertos e erros.
Isso dá outro tom pra leitura. Beijos!
Olá, moça
ResponderExcluirAdorei a resenha, apesar de os personagens se perderem em seus pensamentos, a resenha me convenceu a ler o livro pelo fato de o autor tratar temas pesados de forma leve, além de trazer personagens "defeituosos" que realmente é o que existem em nossa realidade, e isso deixa o livro mais descontraído. A capa é bem simples mesmo, mas eu acho até legal. haha
Att,
decaranasletras.blogspot.com
O que dizer, quando ouvi o título e vi a capa, não me interessei nenhum pouco e agora, acredito eu, tenha sido totalmente proposital. O autor te faz pensar ser algo simples ou tedioso e nos revela uma grande narrativa ( ao que parece), mais uma vez, me senti uma boba por fazer um pré-julgamento.
ResponderExcluirO tom dramático não me faz querer ler, mas como disse ter momentos engraçados e irônicos, devo me arriscar. O fato de ele usar a internet como "válvula de escape" é muito interessante, gostei da ideia.
Li um livro recentemente em que estar vivo nem sempre é motivo para se viver, talvez esse livro contraponha tal ideia.
Ótima resenha :)
Hey!! Só em ler a sinopse eu já queria ler o livro e com essa resenha agora sim, quero ganhar esse top comentarista hahahaha! São tantas bons autores que a gente descobre assim sem mais nem menos, aqueles que devíamos conhecer a muito tempo, é assim que me sinto em relação a David Levithan ele escreve maravilhosamente bem e só li algo dele esse ano amei e estou lendo atualmente o quarto livro dele nesse ano! A temática do livro é bem interessante e realmente tem carga para um ótimo produto!!
ResponderExcluirXo
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