A Luz que PerdemosTenho pra mim que alguns leitores tendem ao masoquismo. Veja bem! você pega um livro, sabe que é um drama e que provavelmente vai sofrer e chorar horrores, o que fazer? Correr para as montanhas, certo? NÃO, ERRADO! Você decide que vai amar o livro, que não importa o tamanho da dor que vai sentir quando o livro acabar, tudo vai valer a pena. É, esse é o caso de "A Luz que Perdemos", desde o início é bastante claro que algo deu errado, mas simplesmente não dá pra abandonar ou jogar o livro pela janela, preferimos sofrer!
Autora: Jill Santapolo
Editora Arqueiro
272 Páginas
Skoob
Sinopse: Lucy e Gabe se conhecem na faculdade na manhã de 11 de setembro de 2001. No mesmo instante, dois aviões colidem com as Torres Gêmeas. Ao ver as chamas arderem em Nova York, eles decidem que querem fazer algo importante com suas vidas, algo que promova uma diferença no mundo.Quando se veem de novo, um ano depois, parece um encontro predestinado. Só que Gabe é enviado ao Oriente Médio como fotojornalista e Lucy decide investir em sua carreira em Nova York.Nos treze anos que se seguem, o caminho dos dois se cruza e se afasta muitas vezes, numa odisseia de sonhos, desejo, ciúme, traição e, acima de tudo, amor. Lucy começa um relacionamento com o lindo e confiável Darren, enquanto Gabe viaja o mundo. Mesmo separados pela distância, eles jamais deixam o coração um do outro.Ao longo dessa jornada emocional, Lucy começa a se fazer perguntas fundamentais sobre destino e livre-arbítrio: será que foi o destino que os uniu? E, agora, é por escolha própria que eles estão separados?A Luz Que Perdemos é um romance impactante sobre o poder do primeiro amor. Uma ode comovente aos sacrifícios que fazemos em nome dos nossos sonhos e uma reflexão sobre os extremos que perseguimos em nome do amor.
A Luz que perdemos é uma história de desencontros, Gabe e Lucy se conhecem e se apaixonam no pior momento possível, o terrível 11 de Setembro. No decorrer dos anos vamos acompanhando o relacionamento dos personagens, as escolhas que os uniram ou afastaram. Com isso notamos que a intenção de Jill Santapolo foi trazer essa narrativa para um cenário real, com possibilidades reais. É perceptível o conceito de livre arbítrio, mesmo quando tudo o que queremos é forçar a protagonista a tomar uma atitude diferente. A história de amor de Gabe e Lucy é guiada por suas próprias decisões, nos fazendo pensar qual o papel do destino na nossa história de vida.
Confesso que por boa parte do livro Lucy me frustrou, apesar de compreender seus motivos tive a impressão que ela por vezes se mostrou muito conformada. Porém não posso julgá-la, sou basicamente como ela e arriscar-se não é uma qualidade que se adéqua ao conformismo. Ainda assim, não é esse tipo de atitude que gostamos de ver em romances, o esperado é que o protagonista não baixe a guarda e corra atrás não só de seus sonhos, mas também de seus sentimentos.
Além disso, o amor que Lucy diz sentir por Gabe é mais como uma obsessão, quando tem a chance de seguir em frente ela não se cansa de comparar o presente com o passado, se recusa a enxergar o que tem de bom. Falo mais de Lucy pois a história é descrita através de seu ponto de vista, talvez caso fosse dado voz a Gabe, eu tevesse a mesma impressão, visto que a carreira se mostra mais importante que tudo para ele, deixando de lado seus sentimentos. Mas Gabe definitivamente conseguiu me conquistar, provavelmente por vê-lo através da perspectiva de Lucy, mesmo com suas escolhas ele me pareceu uma pessoa incrível e altruísta.
Em se tratando da história em si, devo dizer que é bem carregado de drama, como já disse desde o início sabemos que algo está errado, isso foi o que mais me instigou a continuar a leitura. Saber o que tinha acontecido, a que lugar todos aqueles encontros e desencontros iriam nos levar, juntamente com os capítulos curtos e ágeis fez com que a leitura fluísse. O estilo de escrita da autora é o que colabora para uma leitura rápida, mas angustiante.
Enfim, já faz algum tempo que li esse livro, e venho só agora falar do quanto ele foi interessante pois não tenho passado por um momento de harmonia entre espírito e mente, o que torna complicado me dedicar ao blog e trazer o melhor conteúdo para os leitores. Ainda assim, hoje senti que estava na hora de voltar e nada melhor do que fazer isso de forma positiva sendo a primeira resenha de livro que me emocionou e que definitivamente me fez pensar não só sobre a história em si, mas também sobre minhas próprias atitudes. Espero sinceramente que se interessem por este romance e que gostem dele tanto quanto eu.
Ju!
ResponderExcluirNão li ainda Um dia, portanto não sei bem do que se trata, mas de certa forma, mesmo tendo um tom melancólico e triste, gosto quando a narrativa vem como se fosse uma carta, demonstrando a intensidade dos sentimentos.
Uma ótima semana!
“O medo tem alguma utilidade, mas a covardia não.” (Mahatma Gandhi)
cheirinhos
Rudy
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