terça-feira, junho 06, 2017

[Resenha] A Prisão do Rei - Victoria Aveyard

Espada de Vidro
A Rainha Vermelha #2
Autora: Victoria Aveyard
552 páginas
Skoob

Sinopse:
Mare Barrow foi capturada e passa os dias presa no palácio, impotente sem seu poder, atormentada por seus erros. Ela está à mercê do garoto por quem um dia se apaixonou, um jovem dissimulado que a enganou e traiu. Agora rei, Maven continua com os planos de sua mãe, fazendo de tudo para manter o controle de Norta — e de sua prisioneira.

Enquanto Mare tenta aguentar o peso sufocante das Pedras Silenciosas, o resto da Guarda Escarlate se organiza, treinando e expandindo. Com a rebelião cada vez mais forte, eles param de agir sob as sombras e se preparam para a guerra. Entre eles está Cal, um prateado em meio aos vermelhos. Incapaz de decidir a que lado dedicar sua lealdade, o príncipe exilado só tem uma certeza: ele não vai descansar enquanto não trouxer Mare de volta.

Espada de Vidro termina de uma forma inesperada e A Prisão do Rei começa quase após os acontecimentos finais do livro anterior. Capturada por Maven, Mare se vê ainda mais encurralada, destituída de seus poderes por causa do uso de pedra silenciosa a jovem passa os dias alternando entre planejar sua fuga e irritar Maven. Sem sua eletricidade Mare se vê oprimida pelo silêncio que a cerca, o fato de ser prisioneira e ter perdido há pouco tempo alguém absurdamente importante para si só torna sua condição ainda mais desesperadora. A única força que lhe resta é sua vontade inabalável de minguar o poder de Maven, e para isso Mare tenta usar de sua influência sobre o Rei, bem como de sua vantagem por estar nos bastidores do governo. Contudo, é preciso lembrar que de bobo Maven não tem nada e se mostra cada vez mas indestrutível, seja forjando alianças ou quebrando-as.

Enfim, é nisso que boa parte do livro se concentra, o que torna a leitura um pouco entediante. Falta ação e mesmo que seja interessante acompanhar o joguinho entre Maven e Mare chega uma hora que fica cansativo. O interessante da narrativa está justamente em Maven, notamos sua crueldade e frieza, mas no fundo é perceptível que há algo mais ali. é O sentimentos de Mare com relação a Mavem são confusos, fica claro que o ódio não é a única coisa que Mare sente pelo jovem e cruel Rei de Norta. Senti um tremendo complexo de Warner em Maven (já leram Estilhaça-me?) É como se eu agora só estivesse esperando para que ele se redima ou algo assim. Não que ele dê indícios de ser menos cruel do que antes, mas acredito que este livro só tenha sido escrito para deixar o leitor com uma pulga atrás da orelha com relação ao vilão, há solidão e insegurança ali e isso pode ser receita para algo mais. Tive essa impressão justamente pelo rumo que ela dá a história de Cal, irmão de Maven e herdeiro do trono forçado ao exílio, mas principalmente porque ela mostra um lado de Maven que mostra fragilidade.
 "Partes de mim, partes pequenas, continuam apaixonadas por uma ficção.Um fantasma de um garoto que não consigo desvendar"
Este livro me fez sentir tão impotente ao fim da leitura que mal sei expressar meus sentimentos. Se só a minha força de vontade fosse suficiente para colocar Cal e Mare na linha eu estaria feliz, mas não é né, infelizmente. Porém não é novidade que ambos continuam tomando decisões erradas. Interessante é que nesta sequência Aveyard dá voz a diversos outros personagens e não é apenas sobre Maven que ela nos deixa balançados. Aqui ela vai tentar insinuar que um certo coração de metal não é tão frio assim (se é que me entendem). Cameron é uma das personagens que ganha voz neste livro, e se a autora silenciou um pouco Mare aqui ela transforma a recruta sangue novo em um espelho da vermelha raptada. Nunca pensei que poderia encontrar nessa história uma personagem tão irritante quanto Mare. Olha, se fosse só pelas duas eu já haveria desistido da leitura há muito tempo.

Com relação a ação eu achei bem decepcionante, há uma cena de batalha pela qual aguardei ansiosamente, contudo quando finalmente acontece a autora se perde em Mare e nos deixa a margem da ação. Aveyard se estende tanto que a tensão da luta perde todo tesão, no fim a cena fica entediante. De certa forma, este livro foi um apêndice desnecessário mas ainda assim tem certa relevância, porém os momentos que importam poderiam ser condensados em poucos capítulos, ao menos foi essa minha impressão.

Enfim A prisão do Rei é dispensável, a história compensa para mostrar o outro "lado" de alguns personagens, para deixar o leitor com uma pulga atrás da orelha, mas apesar da estratégia ter funcionado comigo acredito que estender a história ao ponto de ter 552 foi desnecessário. Eu terminei a leitura só rezando para que Victoria Aveyard se canse também e encerre a série no próximo livro.
"Os monstros são mais perigosos quando estão assustados."

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