quinta-feira, dezembro 04, 2014

#SemanaEspecialJTropper - Sete Dias Sem Fim - Jonathan Tropper

Sete Dias Sem Fim
Autor: Jonathan Tropper
Editora Arqueiro
Skoob

Sinopse: Judd Foxman pode reclamar de tudo na vida, menos de tédio. Em questão de dias, ele descobriu que a esposa o traía com seu chefe, viu seu casamento ruir e perdeu o emprego. Para completar, seu pai teve a brilhante ideia de morrer. Embora essa seja uma notícia triste, terrível mesmo é seu último desejo: que a família se reúna e cumpra sete dias de luto, seguindo os preceitos da religião judaica.
Então os quatro irmãos, que moram em diversos cantos do país, se juntam à mãe na casa onde cresceram para se submeter a essa cruel tortura. Para quem aprendeu a vida inteira a reprimir as emoções, um convívio tão longo pode ser enlouquecedor. Com seu desfile de incidentes inusitados e tragicômicos, Sete dias sem fim é o livro mais bem-sucedido de Jonathan Tropper. Uma história hilária e emocionante sobre amor, casamento, divórcio, família e os laços que nos unem – quer gostemos ou não.
Desde de que vi o lançamento e me apaixonei pela capa eu estava louca para ler Sete Dias Sem fim, esperava por um livro despretensioso e que me fizesse rir de coisas cotidianas, uma história que não focasse no amor e sim na "existência" de uma pessoa. Foi exatamente isso que encontrei neste livro, de uma forma sútil e natural o autor conduz a narrativa com bom humor e boas doses de sarcasmo. Contudo, depois de ler Como Falar com um Viúvo, não posso dizer que Sete Dias sem fim é o melhor livro do autor. na verdade ele é tudo o que promete só não supera o livro anterior.
"E agora não tenho esposa, nem filho, nem emprego, nem casa, nem qualquer outra coisa que indique uma existência vivida com algum sucesso. Posso não ser velho, mas sou velho demais para ter tanto nada." 
Nesta história os pensamentos do protagonista estão mais em voga, por ser narrado em primeira pessoa é de se esperar que seja quase um monólogo. No entanto, uma das melhores características de Jonathan Tropper é fazer com que personagens secundários consigam se impor na narrativa alheia. É quase impossível não se identificar com algum personagem. Todos tem características bem apresentadas e não procuram se perfeitos. Eles simplesmente são o que são, com seus defeitos, seus causos e a vida que escolheram viver.

Devido ao fato de Tropper não prezar por uma narrativa linear somos apresentados a diversas situações e "fases" da vida de Judd, sem chegar a confundir nenhuma das partes. Hora sabemos um pouco mais sobre seu casamento, sua separação, a vida com a família e os acontecimentos que os fizeram acidentalmente desunidos. A narrativa se encaixa de forma perfeita e o ceticismo na "voz" de Judd conduz o leitor por situações hilárias, dramáticas e corriqueiras. Tropper não tropeça no linguajar, ele se joga e isso fez com que a narrativa fosse mais próxima ao real, não há dois pesos e duas medidas.

Confesso que talvez eu tenha me tornado suspeita para falar de Jonathan Tropper, infelizmente ainda não consegui ler os outros dois livros do autor, mas já estão na lista. Pela primeira vez espero encontrar mais do mesmo ao ler uma narrativa. porque apesar de serem histórias diversas Tropper tem um jeito único de narrar e envolver o leitor. Como já disse, Sete dias sem Fim só não é meu livro favorito dele pois antes li Como falar com um Viúvo e esse com certeza merece todos os louvores.

Enfim, Sete Dias Sem fim é um livro contemporâneo que surpreende pelo seu humor ácido, falta de medidas e competência autoral. A Editora Arqueiro está de parabéns pela edição, que mesmo simples está bem feita. Se você procura fugir de romances e perfeição quanto aos personagens com certesa Jonathan Tropper é o autor que você procura!

Melhores Quotes:

"Não há nada na vida, nada mesmo, que nos prepare para a experiência de ver nossa mulher trepando com outro homem. É um daqueles acontecimentos surreais que imaginamos em um ou outro momento, mas sem qualquer definição, como morrer ou ganhar na loteria.Quando se trata de como reagir, esse é um território desconhecido."

"Às vezes, satisfação é uma questão de força de vontade. Precisamos ver o que temos diante do nariz, o que isso pode vir a se tornar, e parar de comparar com o que perdemos. Sei que isso é sábio e verdadeiro, assim como sei que praticamente ninguém consegue colocar em prática."

"A certa altura não interessa dizer quem estava certo e quem estava errado. A certa altura, ficar zangado um com o outro não passa de um mau hábito, como fumar, e você continua se envenenando sem se dar conta disso."

"Não importa se você tem 72 anos: as mulheres ainda conseguem passar como um trator por cima do seu coração. Isso é algo que nunca me ocorreu e que considero assustador, mas curiosamente tranquilizante."
 

11 comentários:

  1. Gostei do fato autor não usar o drama para uma situação dessas, e sim sarcasmo e bom humor.
    Também gostei bastante dessa capa!
    Excelente resenha! Bjs, Júh <3

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  2. Oiii Juliana , verdade me cansei desses livros onde tudo foca é o amor , temos que mudar de rotina néh? Parece ser ótimo!
    Beijos

    http://www.nossaspaixoesopsnossoslivros.blogspot.com

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  3. Adoro livros com esse tom!
    Com certeza vou add na minha listinha de leituras =)
    Beijinhos
    Rizia - Livroterapias

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  4. Oi Ju!!!!
    Como já te disse estou muito ansioso pra ler o livro... tô procurando ele até em PDF pra ler haha
    O fato que mais me agrada é que mesmo em uma situação onde geralmente se estaria em extrema tristeza, o autor troca isso por humor e leveza.
    Beijo.

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  5. Já tinha visto o livro na livraria mas não sabia sobre o que se tratava. Fiquei morrendo de vontade de ler, e de conhecer outros livros do Jonathan Tropper, Amei a resenha!

    Beijo,
    Naty.

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  6. Tenho vontade de ler esse livro justamente pelo humor ácido, pelo sarcasmo, adoro quando um autor consegue escrever uma história com esses elementos, ainda se ele for tão bom.

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  7. Parece ser muito interessante o livrooo, parecida com historias cotidianas de alguma pessoas deve ser legal pq a vida catastrófica do personagem, doida pra saber o seu final.. bjoos

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  8. Olá,

    Pelo lido, o autor nesse livro continua a escrever personagens com defeitos, realistas e fáceis de nos identificarmos com eles em situações frágeis e até mesmo difíceis (perder parentes não é fácil), mas de forma cativante e descontraída. Adorei a resenha.

    Ps: gosto mais dessa capa do que a nova do filme. haha
    Att,
    decaranasletras.blogspot.com

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  9. Judd Foxman, a princípio, pode parecer o cara mais azarado de todos, contudo , pelo que entendi, não é realmente isso.
    Quando se trata de sarcasmo e humor ácido, sou meio suspeita para falar. Um personagem que sabe ser irônico já tem meio caminho andado no meu coração.
    Acho difícil concordar com você quando diz que "Como falar com um viúvo" supera "Sete dias sem fim". Ainda não li, mas gostei mais de Sete dias sem fim ( resenha e sinopse). Quero ver como os problemas na vida de Judd vão se desenvolver/resolver. Quando o personagem cresce junto com a história , não há como não gostar.

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  10. Eu adoro essas histórias onde a vida do personagem está um inferno, ele passa por mil problemas e no decorrer do livro acompanhamos várias reviravoltas e amadurecimento. Essa aproximação com a realidade é muito sedutora, não tem como não e identificar!! Apesar de não conhecer muito autor, tenho muito interesse em ler os livros dele :3

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  11. Ahh adorei a resenha Juh!! Fiquei com mais vontade ainda de ler o livro. Como já disse antes o que me atraiu até o livro foi o filme, assim que li a sinopse do filme, adicionei o livro aos "quero ler" do Skoob esse litro tem os tipos de clichês que eu gosto de acompanhar!!

    Xo
    Re.View

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