A Rainha Branca
A Guerra das Duas Rosas
Autora: Philippa Gregory
Editora Record
Skoob
Sinopse: Elizabeth Woodville é uma viúva em busca dos seus direitos em plena Guerra das Duas Rosas. A procura de reaver sua fortuna tomada pela ex sogra, ela se coloca na estrada esperando a passagem do Rei. Sua família lutou durante toda a vida do lado dos Lancaster, mas o seu Rei foi deposto e agora ela precisa reportar-se à Eduardo York, o novo Rei encanta-se pela beleza da jovem viúva e ambos acabam se casando em segredo.
Rainha em meio a grande guerra Elizabeth se vê cercada de intrigas e instigada a dar poder a seus familiares em busca de proteção. Seu casamento com Eduardo IV desperta a fúria do melhor amigo do Rei, o Conde Warwick, mais conhecido como fazedor de Reis. E agora, quando todos esperavam pela paz eles se veem metidos em mais batalhas e envolvidos pela sede de poder. A Elizabeth resta esperar e manter-se firme diante de uma guerra que não só envolve ambição, mas também laços profundos de amor, sobrevivência e inveja.
Não é segredo que sou apaixonada por história, principalmente as que tratam de guerras e que destrincham a ambição do ser humano diante do poder. Portanto, iniciei essa narrativa acreditando piamente que ela iria me encantar, não me enganei. Philippa Gregory tem um modo único de narrar sua história, porém a autora, ao meu ver, se atém muito ao romance em detrimento das descrições bélicas. Não que ela não exponha de forma significativa as consequência de uma guerra, mas não me senti tão apreensiva pelos acontecimentos quanto imaginei que ficaria.
Elizabeth no início da narrativa se mostra uma mulher forte e determinada, consciente de sua beleza mas bastante ingenua, ela preza pela proteção de sua família e ama profundamente. Porém ela decai bastante no decorrer da história, deixa de ser uma personagem agradável para tornar-se uma mulher obcecada pelo trono. Suas atitudes finais não combinavam em nada com aquela mulher que no início zelava pela felicidade dos filhos. A ambição de sua vida girava em torno de manter seu poderio, deixando de se importar com o bem estar de seus filhos. Um ponto a favor é a inclusão de magia na obra, através da lenda de Melusina, uma deusa da água, metade mulher, metade peixe. Acredita-se que Elizabeth era descente desta Deusa, e por isto as mulheres de sua família haviam herdados alguns dons. Também por este motivo a Rainha chegou a ser apontada como bruxa pelos seus opositores.
O mesmo acontece com o Rei Eduardo IV, um rapaz que no início da narrativa se mostra apaixonado e sensato, se cerca de inimigos sem nem ao menos dar-se conta, me passou a impressão de ser um fantoche de sua mulher. Ouso dizer que ele perde boa parte de sua sensatez durante a história, enquanto se deixa levar pelos conselhos ambiciosos de sua esposa. Há também, claro, outros personagens que apesar de secundários são de grande importância no desfecho da história. Entre eles está Jacquetta, a mãe de Elizabeth, que apoia e conduz os desejos da filha desde o início, envolta por uma aura de mistério a personagem foi uma das melhores coisas do livro. Temos também a filha mais velha de Elizabeth, que atende pelo mesmo nome da mãe e que em determinada parte do livro torna-se uma personagem forte e determinada a não deixar que se envolvam em seu futuro. Além disso, devido ao grande número de personagens e a complexabilidade da história nota-se que houve muita pesquisa para colocar cada um deles no papel.
Mas não só no que se refere aos personagens, ao fim temos uma nota da autora em que ela especula sobre suas pesquisas durante a elaboração da obra. Devido ao fato de a trama se passar em um período complexo e instável da história mundial é preciso dar mérito a autora por apesar de seus deslizes ter criado personagens tão reais. No entanto, e infelizmente, como já dito acima, ela deixa a desejar na ambientação de suas batalhas, esta parte das descrições definitivamente não são o forte de sua escrita. Talvez, eu tenha tido esta impressão pela gama de livros que já li que se ambientam em guerras, em que os autores conseguem transmitir minuciosamente as sensações de uma batalha. Além disso, acho que meu balanço final desta obra não tenha sido tão alto por conhecer boa parte da história e não me sentir surpreendida em momentos decisivos. Porém, há algo no final que não imaginava que iria acontecer e estou maravilhosamente doente para continuar a leitura desta série.
Para quem não sabe os quatro primeiros livros de A Guerra das Duas Rosas tiveram seus direitos de adaptação comprados pela BBC e já está no ar, eu infelizmente ainda não vi. Sobre os elementos de edição posso dizer que não gostei tanto da capa, ela é sóbria demais, no entanto é bastante crível, a diagramação é simples e o trabalho de revisão muito bem feito. Enfim, A Rainha Branca é um livro indicado para os amantes de história que esperam uma narrativa romanceada, com mulheres determinadas e sequência lógica dos fatos.
A Guerra das Rosas - Philippa Gregory (Ordem Cronológica)
1- A Senhora das Águas
2- A Rainha Branca
3- A Rainha Vermelha
4- The Kingmaker's Daughters
5- The White Princess
6- The Last Rose
Obs: O livro A Senhora das Águas foi lançado recentemente como o terceiro livro da série, mas a ordem cronológica dos fatos narrados é a que segue acima.
Melhores Quotes:
"Sinto-me mal como nunca me senti antes, porque agora sei que é mais fácil levar um país à guerra do que fazê-lo viver em paz, e um país em guerra é um lugar doloroso onde se viver, um lugar temerário onde ter filhas, e um lugar perigoso onde se esperar um filho."
" – Um tolo não tem medo de nada. O homem valente é aquele que conhece o medo, que parte e o enfrenta. [...]"
Sinceramente, não curti muito o livro não. A capa é meio, hã... Esquisita!!! E poderia ser um pouco mais atrativa... A temática em si não é ruim, parece uma história até interessante mas realmente não chamou muito minha atenção. Infelizmente!!! Quem sabe no futuro...
ResponderExcluirOi Júh, tudo bem?
ResponderExcluirJá tem um tempinho que eu quero ler esse livro, ele parece ser muito bom, confesso que eu curto historia, mas nãosou uma fã de carteirinha, pois nunca me dei muito bem nessa materia durante o colegial, porém a historia me encanta, e eu gostaria muito de ler o livro, adorei a sua resenha.
Beijos!!!!
Li a resenha e só consegui pensar em uma coisa: será que esses Lancaster são o antepassado da Hazel Grace? kkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirBrincadeira... rs! Eu curti a premissa, ainda mais porque você elogiou. Gosto quando envolve história na ficção literária. E acho que ficarei mais tranquiila com menos sangue e mais amor.
Beijinhos!
Giulia - Prazer, me chamo Livro
Não conhecia o livro nem a autora.
ResponderExcluirTambém gosto muito de história e de guerras nas tramas dos livros e acho que vou adorar ler esse livro. Parece ser bem intrigante e fiquei super curiosa para ler.
O livro me chamou atenção, por:
ResponderExcluir1° se passar durante uma guerra
2° Ter magia envolvida
3°por mulheres serem o agente desenvolvedor da trama.
Ainda não li muitos livros que se passam durante guerras, mas acredite que este pode ser um bom começo, apesar de não ser muito ligado a história gostei do fato da autora ter se empenhado em suas pesquisas para trazer esses personagens para as páginas de modo que permaneçam críveis, quanto as mudanças dos personagens, acho que isso se deve ao desenvolvimento da trama, afinal quem não mudaria em meio a uma disputa que vale o trono e a sua vida?
Oi
ResponderExcluirTambém sou louca por história, principalmente guerras também! Já li muitos romances ambientados nessas temáticas. Achei o livro bem interessante, mas não sei se o começaria agora, estou muito sem tempo e é uma série longa. Vou mantê-lo na lista!
Beijos
Ainda não conhecia o livro e achei bem interessante, também adoro história e livros que se passam em algum período de guerra. A leitura parece ser boa, apesar de não atender ás suas expectativas, pelo fato de você não ter ficado apreensiva durante os momentos como pensou que ficaria. O livro parece ter alguns pontos negativos, mas parece ser uma boa leitura. Acredito, também, que este fato de os personagens mudarem ao decorrer da estória faz com que eles sejam mais reais, já que isso é bem comum.
ResponderExcluirbeijos
A falta de detalhes sobre as batalhas pra você é ruim, pra mim? Incrível(na maioria das vezes). Eu seria a leitora "perfeita" pra Phillipa, apenas nesse volume(já que no da Jacqueta ela solta sangue e urubus pelas páginas), porque seria um ensinamento completo sobre a história e romance. *-*
ResponderExcluirAdoraria ter essa capa, sem a tiazinha nela... ´=P
Bom, não sabia da existência desse livro antes dessa resenha, e confesso que não acho que perdi muita coisa...
ResponderExcluirNa época da escola eu até que era muito fã de história, mas quando tive que estudar sobre a Guerra das Duas Rosas não gostei nem um pouco :/
Acho que nem de longe eu leria esse livro, a não ser que o ganhasse de presente.