[RESENHA] Querida Sue - Jessica Brockmole

Querida Sue

Autora: Jessica Brockmole

Editora Arqueiro

Skoob | Saraiva

Querida Sue conta a história de um romance que transcendeu a distância e todas as adversidade de um casal que tinha tudo para estar juntos desde sempre, mas tinham que lhe dar com as dificuldades e atribulações de suas vidas em continentes diferentes. Um amor que começa de uma bela amizade e que alcance seu auge em plena primeira Guerra Mundial, momento em que os medos se transformam m de pequenas coisas a tragédias em um piscar de olhos. Contado em cartas o romance entre Elspeth e Davey nos é revelado quando a primeira se vê envolta por suas memórias e decide que finalmente precisa sair de seu casulo e ir em busca do que ficou para trás.

Comecei a ler este romance com uma expectativa bastante elevada, apesar de ele ter demorado para chegar eu ainda não tinha deixado que essa empolgação diminuísse. Sem contar que todos que leram estavam falando maravilhas do mesmo em suas resenhas. Pois bem, então lá fui eu. E apesar de não ter me arrependido da leitura, acredito que não estava em um bom momento para a mesma. O livro não é ruim, muito pelo contrário, mas senti que talvez pudesse sentir um carinho mais especial por ele em outro momento.

Não é possível no decorrer da leitura saber muito sobre os personagens, na verdade conhecemos mais de Espeth e Davey do que dos outros envolvidos. Depois que vai atrás da história da mãe e de sua própria história, Margareth fica a par de um romance arrebatador que teve seu início anos antes de seu nascimento. Mas quem seriam Sue e Davey e porque o aparecimento daquelas cartas fez com que sua mãe partisse sem deixar nada para trás além de uma única carta? E mais do que tudo, o que toda aquela história tem a ver com ela?

No decorrer da leitura vamos tirando todas essas dúvida juntamente com Margareth, e enquanto se desenrola vamos cada vez mais entendendo as atribulações e dificuldades que aquele jovem casal presenciou. No entanto, como já disse, não há um aprofundamento da visão de outros personagens, ficamos presos entre as convicções e ações dos personagens principais e suas cartas. Sim, a história é linda e a forma como é descrita também é inovadora, além disso é quase um milagre não conter lacunas pelo fato de ser contada em cartas, mas de alguma forma terminei a leitura com a sensação de "É só isso?". Não sei bem explicar tudo isso, porque gostei bastante do livro, mas acho que quando fui chegando ao fim já não aguentava mais ler cartas. Longe do que se espera a narrativa segue uma linearidade, apesar de que é dividida em dois momentos, ou seja, as cartas da primeira guerra e as que se passam durante a segunda quando Margareth tenta descobrir a verdade por trás do silêncio que sua mãe carregou durante anos.

Enfim, Querida Sue é um livro inovador, e até surpreendente, mas que não me cativou tanto quanto eu esperava. para quem procura uma leitura leve e que aborda romance e até mesmo paradigmas sociais este é um livro que deve ser lido mais que urgentemente e, talvez, diferente de como aconteceu comigo, ele acabe tocando o seu coração!

Melhores Quotes:

"Não se pode acreditar em nada do que é dito em tempos de guerra. As emoções são tão fugazes quanto as noites serenas."

"[...]Se soubesse o que é correr atrás de alguém por uma breve nesga de tempo, se soubesse como o mundo para de rodar, só por um instante, quando você o tem nos braços, e em seguida recomeça com tanta rapidez que você cai no chão, zonza. Se soubesse como cada alô machuca mais do que uma centena de despedidas. Ah, se você soubesse!"

"Você é a razão de  eu franzir o cenho ao nascer do sol e sorrir na hora do poente. Franzir o cenho porque tenho de enfrentar o dia sozinho, sem você ao meu lado. Sorrir porque é menos um dia que teremos de passar afastados."

“É você. Não existe poesia em minha vida sem você. Você sempre foi minha musa."