Autora: Tahereh Mafi
Lançamento: Junho/2014
Pode conter spoiler dos livros anteriores, siga por sua conta e risco!
A batalha acabou e tudo que resta a Juliette é ganhar forças para enfrentar O restabelecimento. Depois de perder todos os seus amigos, ou ao menos achar que isso aconteceu, a única pessoa que ela tem ao seu lado é quem ela menos podia esperar. Warner apesar de todo mau que causou parece ter suas justificativas, mas depois tudo, como é possível confiar nele? E o que dizer sobre o fato de que ela não sabe muito bem o que sente ou pensa e, até mesmo, porque se sente tão a vontade ao lado dele? Mesmo com provas irrefutáveis de que todos os seus amigos foram mortos em batalha ou na explosão do Ponto Ômega Juliette não acredita que isso seja verdade até que possa ver com os próprios olhos. O tempo em que ela era uma garota frágil que não confiava na própria força ficou para trás, uma nova Juliette ressurge depois de quase ter sido morta. É hora de se libertar e incendiar o mundo.
É, enfim, acabou. Neste momento me sinto meio órfã, pois apesar de ter esperado desesperadamente pelo desfecho desta trilogia eu agora me sinto sem chão, porque, bom, acabou! Mas acho que não temos tempo para lamentações, não é? Então vamos a resenha.
É absurdamente complicado falar para vocês sobre este livro, dentre todos os que já resenhei Incendeia-me está disparado no quesito "não tenho palavras", porém não posso deixar passar e vou tentar falar um pouco de tudo o que este livro significou para mim, então atentos, ok? Todos já devem estar cientes de toda a expectativa que eu estava por este livro, e só tenho a dizer que o desfecho foi brilhantemente armado, pelo menos no que diz respeito ao romance e a vida dos personagens. No entanto, ao termino da leitura senti, talvez por não conseguir me desligar, que ainda há muita história para contar. De qualquer forma, esta sensação não prejudica nem um pouco o livro, é mais como se eu precisasse de mais, e não a história em si.
Tahereh Mafi fez deste livro o desfecho perfeito, apesar disso, a parte mais importante do livro a qual toda a trilogia culminava passou muito rápido. Senti que a batalha final aconteceu quase sem obstáculos, é como se eu estivesse ali, no meio de toda a confusão correndo as cegas junto com Juliette. Acho, e esta é só a minha opinião, que a autora poderia ter usado um pouco mais das habilidades dos personagens que não apenas Juliette. Quer dizer, senti que eram apenas algum tipo de enfeite, só para mostrar que Juliette era a mais poderosa. Confesso que não consegui entender muito bem os poderes do Adam, acho que deixei passar alguma coisa. Mas ao contrário deste último, quem brilha é Kenji. No papel de melhor amigo da personagem principal é ele que trás graça para o livro. Suas tiradas e piadas me fizeram dar gargalhadas. Alias, achei que a autora trabalhou muito mais esse lado cômico neste último livro, o que ajudou a suavizar todo o peso e as decisões da trama.
"Por muitos anos, vivi em constante terror comigo mesma. A dúvida tinha se casado com o meu medo e se mudado para minha mente, onde construiu castelos e governou reinos e mandou em mim, subjugando minha vontade a seus sussurros até eu ser pouco mais do que um peão obediente, muito aterrorizada para obedecer, muito aterrorizada para discordar.Eu tinha sido algemada, uma prisioneira em minha própria mente.Mas, enfim, enfim eu havia aprendido a me libertar"
Mas quem realmente roubou a cena foi o Warner, é claro que isso era de se esperar, ele vinha crescendo desde o último livro e se mostrando uma pessoa completamente diferente do que conhecemos em Estilhaça-me. No entanto, achei que logo no começo do livro tudo entre ele e Juliette ficou repetitivo, voltamos aquelas longa lista de justificativas que já tinham sido nos apresentadas em Liberta-me, mas creio que isso ocorreu pelo fato de nós sabermos isto, não Juliette. Quanto a nossa personagem principal, gostei bastante da forma como ela veio se desenvolvendo, saindo da casca e deixando a pobre criança que era no primeiro livro para trás. Ela cresce como personagem, é como se pudesse tomar conta do mundo, mas não de forma assustadora já que essa mudança foi sendo gradual. Agora Adam, o que falar sobre ele? Acredito que qualquer menção à ele aqui iria se transformar em spoiler, então deixo a cargo de vocês as impressões sobre este personagem, o que posso dizer é que uma hora ou outra todos mostramos a nossa verdade.
Enfim, Incendeia-me é um excelente desfecho de trilogia, ele atingiu o seu objetivo e me causou tantas sensações durante a leitura que poderia ficar aqui falando horas e horas sem chegar a lugar nenhum. Enquanto lia passei pela sensação da perda, mas não de uma perda de uma vida, me senti triste pelos rumos que alguns personagens acabaram tendo, mesmo sabendo que não haveria outra forma de se chegar a um desfecho tão perfeito. Este livro não é só o fim de uma trilogia é, também, a prova de que não se precisa abrilhantar uma história, basta ter talento e cumprir seus objetivos. Tahereh me conquistou por não ficar na mesmice, por conseguir fazer com que eu amasse alguém que cultivou o meu ódio por um bom período. Seu talento e originalidade souberam como conduzir o leitor e transformá-lo durante a narrativa!
Melhores Quotes:
"— Eu nunca aleguei que vivo com base em nenhum conjunto de princípios — Wraner me diz. — Nunca aleguei que sou correto, bom, nem justifiquei minhas atitudes. A verdade simples é que não me importo. Eu fui forçado a fazer coisas terríveis na minha vida, amor, e não estou buscando nem o seu perdão nem a sua aprovação. Porque eu não tenho o luxo de filosofar sobre escrúpulos quando estou sendo forçado a agir movido por instintos básicos todos os dias."
"Há um tipo esquisito de liberdade no escuro; uma vulnerabilidade aterrorizante que permitimos a nós mesmos exatamente no momento errado, enganados pela escuridão, pensando que ela guardará nossos segredos. Esquecemos que a escuridão não é um lençol; esquecemos que o sol nascerá logo. Mas, no momento pelo menos, nós nos sentimos corajosos o bastante para dizer o que nunca diríamos na claridade."
"— Quero que você me incendeie, meu amor."
"As palavras são como sementes, eu acho, plantadas em nosso coração em uma idade tenra."
Em fragmenta-me o Kenji já tinha me cativado ainda mais, pelo visto quando o meu Incendeia-me chegar irei me apegar ainda mais a ele. Adoro o lado cômico dele, então... <3 rs É sempre bom ver os personagens evoluindo, principalmente a Juliette, pelo que ela passou.
ResponderExcluirSuas palavras só me deixaram ainda mais curiosa pela leitura desse último livro (principalmente sua histeria no twitter, lendo o livro! kkk). Senhor, preciso, necessito. E cá entre nós, fiquei aliviada em saber que a autora soube terminar bem a história. Tem autores que vão bem no começo e no fim fazem uma cagada, graças a Deus não aconteceu isso. kkk
Quero o meu livro logo! haha
ai Jú ao longo da sua leitura do livro íamos surtando juntas pelo Twitter, a sua resenha é daquelas que amo, contam seus sentimos e impressões sem estragar o livro pra ninguém.
ResponderExcluirConcordo com vc quando fala desse grande talento da autora em nos fazer amar um personagem que a princípio odiamos!
Fora que nitidamente dá pra notar o crescimento de Juliette e Warner ao longo dos livros assim como o amável Kenji!
Mal posso esperar pra ter esse livro nas mãos <3
eita, tô doidinha pra saber o desfecho. A escrita de Mafi é incrível. Li recentemente os dois e-books e aguardo ansiosa por Incendeia-me ^^
ResponderExcluirbjs
http://torporniilista.blogspot.com.br/
Adoreiiii... Parabéns! A resenha ficou muito boa e apesar do aviso de spoiler, não achei nenhum importante durante o seu texto. Estou louca para ler esse livro, mas também tenho medo de, como você, ficar órfã! Bjoks da Gica.
ResponderExcluirumaleitoraaquariana.blogspot.com
ooooooooooooooooooooooooh querooooooooooooooooooo leeer, deu muito mais vontade do que eu tinha para terminar a trilogia uahsuahsuahsuhau.
ResponderExcluirnão tem o que dizer da sua forma de escrita, que é muito boa e bem elaborada. Parabéns Jú