Ler: Da obrigação ao prazer

Não sei se é um consenso geral, ou se é apenas a minha opinião sobre o assunto. Mas o fato é que na maioria das escolas a associação com a leitura é feita de forma totalmente errônea. Quantas vezes peguei um clássico em mãos por conta própria e me senti arrebatada pela leitura? E quantas foram as vezes que um professor me obrigou a ler determinado livro e ele se mostrou um livro sem sentido, monótono e uma leitura arrastada.

Não é possível! Deve existir algum estudo que aponte que a obrigação não gera prazer ao ler um livro. Mas espere!! E os livros de parceria que estão se acumulando na minha estante a cada mês? Bom, neste caso a maioria deles eu escolhi solicitar, então acho que isso não vem ao caso. 

Voltemos a falar da Obrigação X Leitura. Acredito que o ponto principal para não nos interessarmos por um livro que temos a obrigação de ler é o fato de não sentirmos identificação com a obra e também podemos considerar que há um momento certo para a leitura de determinada história, para que ela flua de forma gostosa é necessário ao menos um pouco de intenção. Quando estes fatores não estão, mesmo que minimamente, andando em consonância acabamos por não absorver a leitura de forma agradável.

Quer dizer, como é que posso gostar de um livro quando sei que terei uma obrigação para com ele e que talvez a forma como eu o absorvi não seja exatamente o que esperam desta leitura? A partir do momento que se exige determinada compreensão de um livro já sei que ele não será um grande amigo e sim uma grande tortura.

Enfim, não estou aqui para dar soluções, mas acredito que desde que se use a identidade de um grupo ao solicitar uma leitura tudo será mais prazeroso. Desde que o indivíduo aprenda a conviver de forma correta com determinado tipos de interpretação de texto a leitura passará a ser mais prazerosa. Mas será que um dia isso finalmente vai ser levado em consideração, seja na vida ou seja na escola? Quero viver para ver!