sexta-feira, abril 11, 2014

Doce Infância, abençoada criatividade!

Ahhhh, doce infância! Como é bom correr pelo parque, comer algodão doce e sonhar ser uma princesa de contos de fada. NÃO ESPERA! Essa não sou eu. Contos de fadas nunca me fizeram sonhar, gostava mais das histórias de Aladin, Peter Pan, Robin Hood e desde muito cedo meus livros preferidos de todos os tempos eram os que narravam as aventuras dos Três Mosqueteiros. Nunca gostei de histórias muito românticas ou com princesas a espera de seu príncipe encantado em uma cavalo branco. Se fosse para ser uma delas que fosse Jasmim ou Mulan, Anastácia também não seria nada mal.  

Sou e fui a desconstrução da menininha que deveria ser obediente e manter a postura, acho que até hoje meus pais não compreendem muito bem como e quando exatamente eu sai da linha. Se a programação do dia era a festa de algum amiguinho eu estava lá entre a grande parte dos meninos pregando peça. Se era dia de brincar na rua eu subia em arvores, interpretava a bruxa má nas brincadeira e voltava para casa só quando ouvia aquele grito de alerta vindo da janela. Caso contrário, era melhor eu e meu irmão corrermos e nos trancarmos no quarto, porque provavelmente algum chinelo estaria empunhado para nos dar uma lição.

Não fui menos feliz por causa desta ultima parte que lhes contei, muito pelo contrário. Fui uma criança feliz, que se fartou de brincar na rua, jogar Nintendo, e de inventar as mais variadas brincadeiras que você possa imaginar. Foi na rua e com meus amigos que aprendi a usar minha criatividade. Eu era sempre a autora de um ou outro teatrinho para apresentarmos na casa de alguém durante o fim de semana, muitas vezes fazia também aas vezes de diretora e produtora, sem nem saber o que era isso. Ah! E nada de algodão doce, o que não podia faltar era pipoca e um saco de bala, ou pão com mortadela (esse fazia sucesso entre todos).

E hoje, ao olhar para trás ainda me pergunto onde aquela criança foi parar. Não creio que esteja muito longe e apesar de as vezes negar que gostaria de dar aula é em momentos que penso naquela criança que sei que seria uma boa professora. Afinal de contas, além do conhecimento e de formar cidadãos críticos é também função do professar mostrar para essas crianças de hoje, que a criatividade está ao alcance do imaginável. Basta ter um pano, uma história, pipoca e balas e deixar todas as suas ideias fluírem. Sou feliz por ter sido desconstruída.

7 comentários:

  1. Que texto mais lindo Ju. Acho que temos algo em comum, porque nunca me encaixei no comportamento das mocinhas da minha realidade, estava mais para o moleque. kk Brincava na rua, descalça, jogava bila (ou bola de gude, e era muito boa), invadia casa "mal assombrada", e jogava (jogo?) video game, de preferência jogos de corrida, porque são mais emocionantes. kkk

    Acho uma besteira ter que rotular que menina tem que ser dama e menino tem que dar trabalho. Acho que o importante é ser feliz independentemente da circunstancia. Acho que meus pais notaram desde cedo que eu não sigo os "padrões mundiais", e eles dizem que me amam por isso.

    Acho que teríamos nos dado bem tanto na infância quanto nos damos bem agora.
    Beijos

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  2. Que momento nostálgico! haha Sou muito esquecida, não me lembro bem da infância. Mas tem coisas que me recordo, adorava brincar com terra. Mas eu ficava com a mão cheia de bolhas (alergia). Mas diferente de ti, adorava esses contos bem clichês com príncipes e cavalos brancos *.* kkkk Essa última foto, era tão eu! Riscava muito a parede e os guarda-roupas (inclusive com batom). rs

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  3. Morro de saudades da minha infância. Jogar bola na rua, taco, esconde-esconde, campeonatos de video game cada semana na casa de um, com direito a café da tarde, etc... todo mundo da rua se conhecia, a mãe gritava a gente no portão...
    Queria mto proporcionar isso para meus filhos, mas o mundo mudou... Hoje, mesmo morando na mesma rua a quase 20 anos, já não conheço mais ninguém... Realmente, depois que passa é que a gente se da conta do quão feliz era...
    E as chineladas que levei naquele tempo me salvaram de levar porradas da vida, e agradeço muito por isso!

    Lindíssimo texto, parabéns!

    Bjs

    www.marciacsf.blogspot.com

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  4. Amei esse texto Ju! Eu era assim também, não fui uma menininha tradicional. Barbie? Fala sério, o que eu gostava era de subir em árvores, dar a volta no bairro brincando de pique esconde ou jogar Nintendo e muitas outras brincadeiras que a gente inventava. Também apanhei muito mas isso me fez ser quem eu sou hoje em dia. As crianças de agora estão meio que perdendo a infância com tanta tecnologia e o namoro precoce, eu tiro por aqui onde eu moro, antes a rua vivia lotada com bando de pirralhos correndo pra lá e pra cá e agora não podia ser mais deserta. É triste.
    Sinto falta desses tempos, bons tempos que não voltarão mas que ficarão para sempre na memória =')

    http://nerdicesdeumagarota.blogspot.com.br/

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  5. Relembrei muita coisa lendo esse texto e vi o quanto eu mudei kkk minha mãe costuma dizer que eu era um menininho porque eu nunca parava quieta, gostava de histórias que envolviam princesas, histórias de todos os tipo, mas agora não gosto muito de romances e essas coisas. Enfim, adorei o texto.

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  6. Que texto meigo Jaja!

    Também me pergunto "EM que espelho ficou perdida a minha face", e como vc era sapeca, eu não, fui uma menina bem comportada, comportada demais. E ainda sou.
    Talvez se eu também tivesse sido desconstruída fosse até mais feliz, sinto falta das coisas que não fiz, brincadeiras que não brinquei, peraltices que não aprontei.
    Mas fico feliz que tua infância tenha sido assim tão doce.
    Saudades de brincar de Princesa e de ter certezas, certeza de que faria algo especial quando crescesse, certeza de que a vida adulta seria fácil.

    Milhões de beijos

    www.reticenciando.com

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  7. Adorei o post!!! Você será uma ótima professora, acho que é porque vc foi feliz quando criança e quer passar isso para seus alunos .....
    Eu não era muito moleca... era mais manhosa (lembro que chorava muito, rsrs ) mas brincava muito na casa de meus amigos e no quintal de casa... desde subir em arvore a rola da grama e depois ficar pinicando quando ia tomar banho.... kkkkk ô infância boa!! :)

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Obrigada pelo comentário, ele será respondido assim que possível :)