Autora: Carol Rifka Brunt
June é a típica garota com irmã popular e bastante estranha para o colegial. A única pessoa que realmente a intende é seu tio Finn, mas desde que o mesmo morreu June vem tentando e falhando superar esta dor. Sua família não fala muito sobre a doença que levou seu tio embora e com o passar do tempo ela descobre que parece ser a única que realmente sente sua falta. Exceto talvez pelo estranho a quem todos parecem odiar, o mesmo que parece saber algo sobre seu tio. É tentando "roubar" essas pequenas lembranças e alguns fatos desconhecido por ela que June se envolve com esse estranho, o que acaba acarretando uma estranha amizade. Esta é uma história de superação e aos extremos que chegamos para reviver o que nunca foi nosso. (Por Júh Zanotti)
Estou em uma tremenda dúvida aqui, não sei se digo para vocês que esse livro é perfeito ou simplesmente divago sobre suas imperfeições. Portanto, vocês já podem ter uma clara ideia que esta resenha será muito ambígua. O que quero dizer é que senti uma certa profundidade na obra, mas ao mesmo tempo, e nem ao menos sei explicar porque, ela não foi tocante a ponto de eu parar para refletir muito sobre a mesma. Esta é uma narrativa que tinha tudo para ser poética, mas muitas vezes ela simplesmente se arrastou pelas divagações de June. E esta por sua vez, não era apenas tímida, mas sim uma personagem estranha que não me causou empatia. Sinto, escrevendo esta resenha, que me identifiquei muito mais com Toby e Finn do que com esta garota de 14 anos, que parece sempre se esconder em camadas de si mesma.
Quando peguei o livro para ler esperava uma leitura densa e pesada, algo que me fizesse sentir profundamente o que os personagens passavam. No entanto, o fato de os capítulos serem grandes e a história se arrastar muito acaba quebrando esta sensação. Mas em um todo o livro é sim perfeito, bem construído e até original. Contudo, sua narradora não conseguiu me puxar para o seu mundo. Outra coisa que me incomodou bastante é a relação de Greta e June, a primeira é absurdamente enciumada da irmã e a trata sempre com pedras na mão. Isso seria bastante aceitável se Greta não fosse completamente má e insensível.
Mas nem só da insensibilidade de Greta é que o livro é desenvolvido, mas como lhes disse esperava por algo mais profundo. Levando-se em consideração que na época em que o livro se passa a AIDS era um grande Tabu eu esperava que este fosse um ponto mais central e melhor desenvolvido. Porém, o livro todo é narrado em torno da relação entre os personagens e os assuntos mais sérios acabam ficando um pouco de lado. Diga aos lobos que estou em casa é um livro que narra a história de superação de duas almas desamparadas que precisam absurdamente uma da outra sem nem ao menos ter consciência disso. Um livro perfeito, com suas notáveis imperfeições.
Para finalizar abro aqui um parágrafo para falarmos da capa, eu achei ela bastante interessante e chamativa e passei o livro todo me perguntando o motivo de haver um urso ao invés de um lobo na capa. Não tenho certeza que compreendi, talvez eu não tenha absorvido muita coisa deste livro, mas nem por isso irei dizer que a capa não é uma das melhores da Novo Conceito até o momento. Quer se arriscar a compreender minha resenha? Leia o livro!
Melhores Quotes:
"O sol continuava escorrendo para longe, e imaginei quantas coisas pequenas e boas do mundo poderiam estar se apoiando nos ombros de algo tão terrível."
"[...] Esse é o segredo. Se você garantir que é exatamente a pessoa que esperava ser, se sempre garantir que conhece apenas as melhores pessoas, então não vai se importar de morrer amanhã."
Ju!
ResponderExcluirGanhei esse livro de aniversário do meu primo, e não tinha nem lido a sinopse (ele que escolheu e me fez uma surpresa, muito gracinha ♥). Estou me perguntando até agora porque temos um urso na capa e não um lobo e já cheguei em várias teorias, mas sei que só vou descobrir quando concluir a leitura. A impressão que tenho é que vou gostar dessa história (apesar dos capítulos longos). Também pensei que seria uma leitura densa, mas fiquei feliz em saber que é algo mais leve.
Beijos <3
Blog Procurei em Sonhos
Olá!!!!
ResponderExcluirComo eu disse mais cedo no twitter... Cheguei e vim conferir sua resenha :)
Eu achei o título desse livro sensacional! Tenho um cadinho de receio quanto a história, não sei se seria um bom momento para ler algo assim, mas essa capa e esse título me atraem demais rs.
beijokas da Nana!!!!
http://letrasdanana.blogspot.com.br/
Oi, Ju!
ResponderExcluirRecebi este livro ontem!!!
Mesmo com a sua resenha me deixando alerta, estou ansiosíssima com a leitura!
Beijos!
Oi Jaja
ResponderExcluirRealmente interessante ter um urso na capa e não um lobo. Eu achei esse título show "Diga aos logos que estou em casa" imprime uma ousadia e coragem.
A ideia de pessoas que precisam lutar em seu próprio ambiente familiar.
Pela resenha deu pra sentir que apesar de não ser tudo que vc esperava o livro surpreendeu positivamente e merece ser lido.
Mas tô numa fase mais levinha, quem sabe depois?
Independente de qualquer coisa vc é uma das minhas resenhistas favoritas, sabe disso, não sabe???
Beijos no maridão Jared Leto!!!
Beijos
www.reticenciando.com
Gente to confusa, estou lendo lendo o mesmo livro que você?
ResponderExcluirAcho os capítulos dele mega curtinhos ♥ ♥
Tenho sentido algo completamente diferente.
Percebi que a história se desenvolve com Toby e June e o sentimento que ambos tem por Finn, porque dele ter morrido, de quem foi a culpa.
Até acho que se pode comparar o livro com o filme Clube de Compras Dallas, ambos se passam na década de 80, um mostra a luta de uma pessoa para sobreviver e o outro mostra como uma adolescente lidou com a morte de um aidético.
No geral tenho achado o livro excelente.
Beijinhos, Helana ♥
In The Sky, Blog
Pois é, confuso né? Ao mesmo tempo que acheio livro perfeito achei ele um pouco arrastado, talvez tenha vindo daí a sensação de que eram capítulos grandes O.o rs. Seu comentário me fez ter vontade de rever o que foi que eu perdi enquanto lia o livro.
ExcluirOi Júh!
ResponderExcluirEssa questão de gostar ou não da narrativa (independentemente da qualidade do enredo) é uma coisa muito pessoal, mas que impacta mesmo na apreciação da leitura. Li só o 1º capítulo desse livro para resolver se ficava com ele pra fazer resenha ou se o colocava pra sorteio e gostei bastante, me remeteu aos anos 80 a AIDS surgiu "tocando o terror", eu era criança e a falta de esclarecimento sobre o assunto era assustadora (tô velhinha rsrsrs...).
=> O motivo do bule com o urso na capa está na página 11, no parágrafo que começa na linha 11 =)
Beijos... Elis Culceag.
* Arquivo Passional *
Oi Juh,
ResponderExcluirEu acabei de ler o livro e gostei demais, me emocionei em muitas passagens e o livro me tocou de muitas maneiras, acho que as imperfeições são o que o tornam cruamente humano, desnudando a sombra dos personagens, acabamos procurando as nossas, foi assim que eu o senti!
Quanto ao urso da capa, confesso que tive de procurar no e-reader pela palavra no livro (rsss) e me surpreendi por ter deixado passar, lembra do bule do Finn, o primeiro presente que ela ganha do Toby? A estampa do bule russo de chá é a de ursos dançarinos e como vira e mexe o bule aparece na história e ela chega a se comparar com eles, acho que é esse o sentido. Um grande abraço!
Jaja, eu fiquei confusa.
ResponderExcluirA leitura fica longa quando o narrador não me cativa. Acabei lendo os comentários e descobri o motivo do urso na capa. HSUAHSUASH
Eu aceito o seu convite a ler o livro. :P Vamos ver se consigo ele ainda esse ano. Não li nada sobre a aids nos seus primeiros anos de descoberta e até tenho interesse(eu ouvi um milagre?). :3