Queda de Gigantes
Autor: Ken Follett
Sinopse: Queda de gigantes é o novo épico de Ken Follett. O primeiro romance desta trilogia segue o destino de cinco famílias durante a Primeira Guerra Mundial e a Revolução Russa. TÍTULO ORIGINAL: FALL OF GIANTS. Aos 13 anos de idade, Billy Williams entra em um mundo de homens nos poços de mineração da Gália. Gus Dewar, um estudante de direito norte-americano sem sorte no amor, encontra uma carreira nova e surpreendente. Dois irmãos órfãos russos, Grigori e Lev Peshkov, embarcam em caminhos radicalmente diferentes separados por metade do mundo quando seus planos de emigrar para os Estados Unidos falham por causa da guerra e da revolução. Estes e muitos outros personagens têm suas vidas intimamente entrelaçadas em uma saga que se desdobra em drama intrigante e complexo. Queda de gigantes vai de Washington à São Petersburgo, da sujeira e do perigo de uma mina de carvão aos candelabros brilhantes de um palácio, dos corredores do poder para os quartos dos poderosos. Como sempre acontece com Ken Follett, o contexto histórico pesquisado é brilhante e a ação processada em movimentos rápidos. Os personagens são ricos em nuances e emoção. Está nascendo um novo clássico.
Em Queda de Gigantes somos apresentados a um típico cenário do início do Século XX. Neste período o Império Britânico estava em seu auge e os rumores de Guerra começavam a surgir entre o núcleo nobre da população. É neste cenário que somos apresentados a cinco famílias, cada qual com seus preceitos e nacionalidades. Através do dia a dia dessas famílias e de seus círculos políticos se desdobra aos poucos os eventos que culminaram na Primeira Guerra Mundial. A história deste primeiro volume aborda o período de 1911 à 1920 e juntamente com Britânicos, Franceses, Americanos, Alemães e todos os outros envolvidos na grande guerra seremos envolvidos em uma narrativa cheia de intrigas políticas e fatos históricos.
A primeira coisa que me veio a cabeça quando resolvi que tinha que postar logo essa resenha foi a dificuldade que eu encontraria para escreve-la. Por ser uma história que em sua maior parte trata de fatos históricos eu estava/estou com receio de acabar dizendo algo não condizente com a verdade. Portanto, vou me ater as minhas sensações e reações no decorrer da leitura. Para que possam compreender melhor, somos apresentados aos fatos desse livro por personagens que estão vivendo o momento em que se desdobra a narrativa, seja um Americano ou um Russo todos tem o seus lado da história para contar. Isso faz com que não consigamos chegar em um real vilão ou culpado por essa grande guerra, mas gera um conteúdo muito maior do que as 900 páginas que temos em mãos.
Quando comecei a ler e me dei conta da ousadia de Follett ao abordar esse assunto cheguei a acreditar que talvez ele pudesse perder-se no meio da narrativa. Não só o assunto em si, mas o grande número de personagens, suas vidas e histórias deveriam ser muito bem amarrados ao fim do livro para que este fosse considerado no mínimo bom. Todas aquelas histórias se entrelaçando, personagens fortes e característicos, imaginei que em algum momento o autor deslizaria e não encontraria novamente o rumo a que havia se proposto no início. No entanto, não é por acaso que ele é considerado um grande escritor, Follett é um maestro na arte de juntar histórias. Algo que quero ressaltar é que por muitas vezes o autor utiliza de
personagens reais, portanto na última página do livro ele dá uma pequena
explicação de como cria certas situações e a interação entre personagens fictícios e reias.
O autor soube retratar de forma quase papável a personalidade de seus personagens, desde a nobreza intransigente com seus condes incapazes de enxergar além do próprio nariz até as jovens feministas britânicas que lutavam pelo poder de voto. Não só isso me encantou, de alguma forma inimaginável para mim Follett fez com que eu me sentisse vivendo o momento e as tensões, acompanhando a luta dos que tentavam evitar a Guerra e feracidade dos que a defendiam, sem que desse por certo quem teria sido o culpado de no fim das contas a guerra vir a acontecer. Algo que queria salientar mas tenho medo de estar equivocada é que ao meu ver, lendo o livro, foi nessa época que surgiu os primeiros pensamentos sobre uma organização entre países em que tudo seria resolvido na base da conversa e não com uns matando os outros. Não sei se está correto dizer isso, mas para mim isto me pareceu algo como o ponta pé inicial para a futura ONU.
A história é dividida em três partes, narrada em 3º pessoa ela nos apresenta vários pontos de vista, por um momento pode parecer coisas demais para absorver, mas a leitura flui muito bem. Meu único problema foi com os capítulos iniciais e finais, exatamente quando estamos sendo apresentados aos fatos que culminaram em outros, mesmo porque Follett deixa uma brecha para o derradeiro e inevitável início da Segunda Guerra Mundial. A diagramação é bem feita e a capa remete justamente ao assunto principal da trilogia, as letras são um pouco pequenas, mas sendo o livro grosso acredito que aumentar o tamanho só aumentaria páginas. Por fim devo dizer que Queda de Gigantes é uma leitura que se propõe, mesmo que sem querer, a instruir o leitor, seja de forma histórica ou em determinadas atitudes. Pois, através da leitura somos apresentados a situação de extremos aos quais se é obrigado adaptar-se.
Quotes do Livro:
"– Se falar sobre a guerra pode fazê-la acontecer, então sim, nós vamos lutar, pois estão todos se preparando para isso. Mas quanto a haver um motivo de verdade, eu não vejo nenhum.""O homem era o único animal que matava seus semelhantes aos milhões e que transforma a natureza em um deserto de crateras de arame farpado. Talvez a raça humana acabasse se extinguindo por completo, deixando o mundo para os pássaros e árvores[...]""Eu poderia escrever seu discurso de hoje, pensou ela. Diria o seguinte: "Há horas na vida de um homem, e na vida de uma nação, em que é correto dizer: eu fiz tudo o que pude e não sou capaz de fazer mais nada, portanto abandonarei a luta e buscarei outro caminho. [...]""“A guerra é uma tragédia – para nós, para vocês, para todo mundo”.
O livro parece ser interessante, ainda mais por tratar da primeira Guerra Mundial. Mas pera é trilogia? kkk, eu to correndo. rs Adorei os quotes, se tivesse uma oportunidade leria. Mas não é um livro que entrou entre os desejados. kk
ResponderExcluirQuando vi a capa e o nome achei que seria chato mas nossa, que resenha :o eu gosto de livros assim, eles fazem tu grudar na história kkk quero ler (:
ResponderExcluirNão sou muito fã de literatura épica, ainda que eu ame livros que tenham como plano de fundo algum momento histórico marcante. Embora a história pareça interessante, não me vejo lendo nada do tipo. Achei a resenha ótima, imagino o quão é complicado escrever sobre um livro desses, mas você se saiu muito bem!
ResponderExcluirEu ñ sei dizer pra vc q ñ leria, sabe? Desde Apatrida eu não gosto de pegar livros que mostram a guerra em grande destaque, mas acredito que Follet é um autor que sabe o que fazer e mais uma vez seus quotes são tocantes.. u.u
ResponderExcluirEspero que um dia eu consiga parar e ler as 900 páginas e absorver mais que as aulas de História ñ fizeram.
Fato chato: ñ ser livro único. U.u
Quando vi que esse livro tinha 900 páginas, me assustei, e quando vi que é uma trilogia, quase infartei aqui. Rsrsrs
ResponderExcluirÉ quase impossível um leitor pegar um livro desse tamanho, e não achar que em algum momento, o autor irá se perder. Que bom que o Follett soube desenvolver essa trama muito bem. Gosto dessas histórias em que, inicialmente não vemos ligação entre as personagens, e no decorrer da narrativa, os acontecimentos vão entrelaçando-os. Fiquei bem curioso pra ler (apesar do tamanho). Rsrsrs
@_Dom_Dom