Resenha Cidade dos Anjos Caídos

Cidade dos Anjos Caídos
Autora: Cassandra Clare
Editora Galera Record
Ano de lançamento: 2012
Páginas: 364
Tradutor: Rita Susseking

Skoob

Sinopse: A guerra acabou e Caçadores de Sombras e integrantes do submundo parecem estar em paz. Clary está de volta a Nova York, treinando para usar seus poderes. Tudo parece bem, mas alguém está assassinando Caçadores e reacendendo as tensões entre os dois grupos, o que pode gerar uma segunda guerra sangrenta. Quando Jace começa a se afastar sem nenhuma explicação, Clary começa a desvendar um mistério que se tornará seu pior pesadelo.

Pode conter spoiler dos livros anteriores!

Cidade dos Anjos Caídos se inicia algumas semanas depois da batalha do último livro. Como a série anteriormente era apenas uma trilogia, ao ler, nos sentimos como se estivéssemos embarcando em uma nova história com os mesmo personagens, eu sei que isso ficou estranho por que cada novo livro é uma nova história, mas muito outros problemas vão surgir e o que posso dizer a vocês é que Valentim era fichinha perto do que Clare, Jace e companhia limitada vão enfrentar agora. Este livro é focado no Simon. Como sabemos ele é um vampiro e o fato de ser um Diurno leva o jovem a querer viver sua vida da forma mais normal possível, escola, família e futuramente a faculdade. Mas a sua condição não passa despercebida ao Submundo e ele pode ser um grande aliado para qualquer um dos lados.

Não gosto do Simon, isso não é segredo para vocês, e isso colaborou para que de alguma forma eu não me empolgasse tanto com o livro. Cassandra Clare continua escrevendo maravilhosamente bem, mas a maior parte de Cidade dos Anjos Caídos foi meio monótona. Portanto, demorei um pouco para deslanchar na leitura. Vários fatos suspensos acontecem durante a narrativa e só descobrimos quem é de verdade o vilão nos últimos capítulos o que deveria gerar suspense, mas para mim não funcionou. Não estou dizendo que o livro é péssimo longe disso, mas não me ganhou como os anteriores.

O Romance continua fora de foco, apesar de Clary e Jace estarem namorando agora, no entanto desde o início percebemos que algo está errado. Também senti falta da personalidade do Jace e mais uma vez ele deixou de ser introspectivo para fazer algo completamente não Jace. Quer dizer, putz ele sempre pensa antes de fazer algo é completamente consciente e de repente ele esquece tudo isso e se joga na merda (me desculpem o palavreado, mas isso me revoltou a nível extremo). O que salva é que temos Magnus e Alec, me diverti com a relacionamento dos dois apesar de achar que o ciúmes de Alec ficou meio forçado. Isabelle continua sendo... Isabelle. Há também algo mais sobre Maia, achei que ela apareceu bem menos neste livro mas era constantemente citada. O final da narrativa deixa um pouquinho de quero mais, confesso que eu já imaginava o que iria acontecer, mas não da forma que aconteceu. Isso de certa forma foi surpreendente e eu gostei, acho que no fim das contas o que me ganhou de verdade foi o "fechamento" da história.

A narrativa é em terceira pessoa, o que eu dei graças a deus, porque não iria aguentar viver constantemente na cabeça do Simon. Infelizmente a edição que eu tenho tem um ar de ser econômica, ou seja, folhas brancas, capa sem brilho e as cores não estão no padrão dos outros livros. Mas a diagramação até que não está péssima, no entanto encontrei alguns erros de revisão. Alguém deveria avisar a Record para prestar mais atenção nisso ou contratar um bom revisor. Não que eu seja expert sei que erro bastante também, mas se eu percebi imagina quem entende? Bom é isso, estou com vontade de ler Cidade das Almas Perdidas agora, mas não é algo compulsivo como foi com os livros anteriores. Eu recomendo principalmente se você gosta da série, mas leia todos antes, ok?

Quando um livro é bom, mas não suficiente.

Quotes do Livro:

"Às vezes, Clary, o amor não basta."

"- Então está tentando deixá-la feliz mesmo sabendo que o motivo pelo qual ela está infeliz é você - disse Simon, sem muita gentileza. - Parece contraditório, não? - O amor é uma contradição." 

"[...] mas vejo meus irmãos entregando os respectivos corações e penso "não sabem que não deveriam fazer isso?" Corações são frágeis. E acho que mesmo quando a pessoa se cura, ela nunca mais volta a ser como era antes."

"A história é escrita por vencedores, é o que dizem - declarou. - Talvez não haja tanta diferença entre os lados da Luz e das Trevas quanto pensa. Afinal, sem as Trevas não haveria nada para a Luz iluminar."