quarta-feira, maio 25, 2016

Cinco Motivos para... Não desistir de A Rainha Vermelha

A coisa mais detestável em A Rainha Vermelha e Espada de Vidro é a protagonista, mas não estou dizendo que a autora não soube trabalhar sua personalidade. A verdade é que acredito que Victoria Aveyard teve toda a intenção de fazer Mare ser exatamente como é, uma pessoa cheia de erros, que tem muito a aprender e que por vezes falha por não enxergar a si própria como realmente é, ela peca por acreditar que os sacrifícios valem a pena, até o momento em que precisa abrir os olhos e ver o que está em jogo. O "Cinco Motivos para..." de hoje é uma forma de eu te convencer a não desistir dessa história pela personagem e eu tenho muito a explicar!



Ambientação:

A maioria dos leitores que iniciam A rainha Vermelha começam a leitura com a impressão de que já viram aquilo em algum lugar, e isso não está errado. Victoria Aveyard é adepta de muitas influências, quando li o livro pela primeira vez identifiquei diversas histórias fantásticas e distópicas que li, a autora não se faz de acanhada quanto a isso e assume suas influências. A história se passa naquele cenário já conhecido de distopias ou histórias fantásticas com um governo soberano: de um lado os pobres e oprimidos e do outro os poderosos governantes. Identifiquei Kiera Cass Trudi Canavan, Suzanne Collins (que nem li), e vários outro livros que seguem a mesma linha. Mas ainda assim devo dizer que Aveyard soube se sobressair, apesar da formula bastante conhecida ela tem um quê a mais segura o leitor independente das aparências.

Desenvolvimento:

Apesar de tudo o que foi dito no tópico anterior a história de Victoria Aveyard ganha vida própria, a autora consegue deixar o leitor sem fôlego e mostrar a que veio. Ela tem um talento nato para desenvolver sua narrativa, dá todos os meios para que o leitor se sinta próximo a história, quase parte dela, um telespectador ou figurante em um cenário maluco e cheio de ação. A autora soube conduzir a história e direcionar seus caminhos para o fim que buscava, não há brechas e ainda assim ela consegue surpreender e deixar o leitor de cara no chão ao fim de cada um de seus livros, até agora pelo menos..

Direcionamento:

Não dá para esperar algo que acreditamos estar pré determinado, ao mesmo tempo em que a autora nos faz acreditar que sua narrativa conduz a um fim especifico ela desconstrói tudo o que prevemos no decorrer da narrativa. É quase inexplicável a forma como me senti lendo estes livros, como disse na resenha de Espada de Vidro há um momento em que eu esperava me sentir destruída, disse até mesmo que a autora não sabe trabalhar sentimentos, mas pensando melhor agora percebo que ela nos coloca no lugar de Mare, tão quebrada que é impossível sentir, só há entorpecimento. Ela nos faz acreditar em algo que depois de um tempo chegamos a conclusão que não é nada daquilo, ela nos direciona para um caminho que nunca sabemos como vai ser de verdade.

Romance:

Esqueça! Aqui não há o casal loucamente perdido de paixão unido pelos mesmo ideais e que lutam até o fim para conseguir o que querem juntos. Sim, há o sentimento, mas Mare e Cal tem uma criação tão diferente que seus ideais convergem a ponto de causar uma guerra, A única coisa que os une é o desejo de vingança. O sentimento cálido e pleno aqui não tem vez, eles sabem que não podem confiar em ninguém. Em meio a tudo o que a autora criou esta foi a melhor forma de explorar o relacionamento de Mare e Cal, não sei há que ponto isto vai chegar, mas não consigo imaginar uma resolução a não ser que algum deles abra mão de tudo o que acredita.

Mare:

Sim, até eu estou espantada por esse ser um dos motivos, mas vou logo avisando você vai odiá-la completamente, vai sentir nojo de suas atitudes, vai querer dar fim a protagonista de forma cruel e calculista, e é isso que vai te dar gás para seguir em frente. O que quero dizer é que Mare é completamente diferente de todas as protagonistas clichês que conhecemos, aquelas que geralmente nos irritam por motivos idiotas. Mare nos irrita por situações sérias, que transformam a trama. Mas isso se deve ao fato de que ela é totalmente humana, sua determinação é movida por vingança e raiva, isso a cega e faz com que ela se perca nesse caminho. Enfim, ela é odiosa, de verdade, mas coerente quando pensamos na circunstâncias eem tudo que ela precisou passar e ainda terá de enfrentar.
Resenhas da Série:

A Rainha Vermelha
Canção da Rainha + Cicatrizes de Aço (Vídeo Resenha)
Espada de Vidro
Conheça mais sobre A Rainha Vermelha:


Um comentário:

  1. oi JU, eu li algumas resenha que foram muito positivas e que fazem com que eu tenha muita vontade de ler as históeias de Victória, mas agradeço por sua explanação sincera, agora ja estou mais pé no chão com o enredo e seus personagens, no fim é sempre bom saber o que esperar
    http://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/

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